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Polícia

Envolvido em esquema que movimentou US$ 5 bilhões presta depoimento na Capital

PF cumpriu mandado de condução coercitiva em MS na Operação Perfídia

26 abril 2017 - 09h30Por Diana Christie

Em Mato Grosso do Sul, a Operação Perfídia, da Polícia Federal, cumpriu um mandado de condução coercitiva, na manhã desta quarta-feira (26). O suspeito, que não teve o nome revelado, prestou depoimento em Campo Grande. O objetivo da Operação é desestruturar organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro internacional, blindagem patrimonial e evasão de divisas com ramificações em pelo menos cinco países.

Advogados, contadores, serventuários de cartórios, empregados de concessionárias de serviços públicos e até de um servidor da Polícia Federal estão entre os suspeitos de auxiliar a quadrilha. Além disso, em ação realizada no ano de 2016, a PF encontrou documentos que apontam para uma empresa do tipo offshore controlada pela organização no exterior, que pode ter realizado movimentações que excedem US$ 5 bilhões.

São cerca de 200 policiais federais, que cumprem 103 mandados judiciais, sendo 55 de busca e apreensão, 46 de condução coercitiva – sendo um que foi cumprido na Capital - e dois de prisão temporária. As ações se concentram no Distrito Federal, mas também ocorrem na Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Goiás, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram a partir de uma prisão em flagrante ocorrida na imigração do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília/DF, em agosto de 2016.

A suspeita é de que os integrantes da organização realizavam operações de câmbio não-autorizadas, além de dissimularem a aquisição de imóveis de alto valor e promover a evasão de divisas. Para isso, eles se utilizavam de “laranjas” e falsificavam documentos públicos, especialmente certidões de nascimento emitidas em cartórios no interior do Brasil.

“O denominado núcleo duro do grupo, formado por proprietários de postos de gasolina, agências de turismo, lotéricas, entre outros estabelecimentos, era responsável pela aquisição fraudulenta de imóveis e ativos para fins de lavagem de dinheiro”, diz a PF. Somente em uma das operações de compra e venda, o faturamento chegou a R$ 65 milhões.

Perfídia

O nome da operação é uma referência à traição e deslealdade dos integrantes do núcleo duro da organização criminosa com o Brasil.