A constante vigilância de agentes da Polícia Federal faz parte da rotina do juiz federal Odilon de Oliveira há 16 anos. O esquema, sigiloso, e até agora infalível, tem permitido que o magistrado continue atuando com rigor, mesmo diante de ameaças de líderes das maiores quadrilhas de narcotraficantes da América Latina.
Por questões de segurança, a PF não divulga detalhes da escolta que promove para a autoridade em Campo Grande nem em outras cidades que o magistrado percorre. Porém, garante que já houve momentos 'críticos' que demandou contingente maior para protegê-lo.
Conforme a corporação, a equipe de segurança do juiz é formada, na maior parte por policiais lotados em Campo Grande, o que faz reduzir custos com diárias como hospedagem e alimentação. Estas são pagas exclusivamente aos policiais federais de outras localidades deslocados para completarem a equipe local.
O juiz
O pernambucano Odilon de Oliveira, que está prestes a se aposentar da magistratura e entrar para a vida política, provavelmente candidato ao Senado Federal, concorda que a segurança promovida para si e familiares é vital para que ele permaneça seguro.
Na iminência de deixar a toga, o juiz já entrou, desde 2014, com um processo no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para que a proteção da PF não acabe quando vier a aposentar. O magistrado garante que tem o apoio de entidades como a Ajufe (Associação do Juízes Federais) e da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) para manter o benefício.
Caso a PF não proporcione mais a escolta policial, o juiz garante que vai à Justiça manter a proteção. Em entrevista exclusiva ao TopMidiaNews, Odilon diz que teme pela sua vida sem a proteção policial e vê dificuldades em uma provável campanha política, principalmente quando tiver de percorrer cidades da região sul do Estado, que fazem fronteira com o Paraguai.