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Polícia

01/11/2017 14:58

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Após novo caso de estupro, estudantes falam sobre insegurança em universidades

Uma delas conta que prefere sair de bicicleta para não andar a pé no campus

O estupro de uma estudante universitária, na saída da Uniderp, nessa segunda-feira (30), acendeu o sinal de alerta de mulheres na saída das aulas, no período noturno. A vítima contou que o agressor disse ter agido por motivo de vingança, mas a polícia avalia todas as hipóteses.

O caso foi registrado como roubo na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, mas está em sigilo, por conta da violência sexual.

Segundo a polícia, duas mulheres saíram da aula e foram abordadas no estacionamento que fica na frente da universidade. Apesar do grande movimento de estudantes e trailers, as duas foram dominadas por um homem armado, e obrigadas a entrar no veículo, sendo que uma ficou no banco da frente e outra atrás.

As vítimas contam que rodaram pela cidade por cerca de meia hora e, em seguida, o agressor parou a caminhonete em um ponto ainda não conhecido e praticou o estupro contra uma delas. Instantes depois, as duas foram soltas e caminharam até achar socorro de populares. O suspeito segui até um terreno baldio no Jardim Colibri e queimou a caminhonete. 

Medo

Priscila Sati, 24 anos, estuda arquitetura na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Ela também sente insegurança, principalmente por falta de iluminação no campus. Para reduzir os riscos de um assalto ou violência sexual, ela adotou uma medida de segurança.

''Ultimamente tenho voltado de bicicleta. É o meio que vou mais rápido e não tenho problema com isso'', revela.

A estudante diz que, na guarita principal, próximo à reitoria e à Avenida Costa e Silva, não fica nenhum segurança para barrar a entrada de possíveis criminosos. ''Antes ficava alguém ali, qualquer um pode entrar'', alertou. A jovem diz que nem sempre é possível andar em grupo para reduzir os riscos de violência.

''É praticamente impossível. Algumas pessoas tem que sair mais cedo, e a gente acaba ficando sozinha'', lamentou.

Uma internauta, em comentário sobre o crime, alertou que a saída das aulas costuma ser um momento de medo.

''Como sempre, em torno da faculdade, continua não tendo segurança nenhuma. Não temos nem prefeito nem governador'', criticou. Em outra postagem, uma leitora lamentou o fato da violência ser, na maioria dos casos, contra mulheres.

A acadêmica de jornalismo, Lethycia dos Anjos Silva, 18 anos, foi assaltada próximo à Biblioteca Central da Universidade em agosto de 2016. Segundo o Primeira Notícia UFMS, a estudante estava sentada na grama com um amigo, na parte de trás do prédio, quando foi surpreendida por um homem que encostou uma faca nas costas dela e anunciou o assalto. “Meu amigo saiu correndo atrás do assaltante pela avenida da UFMS e outros alunos tentaram ajudar, mas ele pulou a cerca e fugiu para o mato". 

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