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Polícia

Sargento da PM é condenado a 14 anos de prisão por matar jovem

22 junho 2018 - 09h42Por Redação

O sargento da Polícia Militar, Carlos Alberto Rocha, sentou no banco dos réus e foi submetido ao júri popular por ter matado o jovem João Victor Gomes Rosa, de 21 anos. O crime aconteceu em agosto de 2016, no centro de Rio Verde, região norte de Mato Grosso do Sul.

Rocha foi condenado a 14 anos de prisão, em regime fechado, pelo homicídio. Apesar da condenação, a família pensa em recorrer para tentar aumentar a pena do ex-sargento, que também já foi punido com a expulsão da Polícia Militar, em janeiro deste ano.

Em janeiro do ano passado, a corregedoria da Polícia Militar abriu investigação para apurar o caso e, ao fim do processo, considerou o sargento culpado pelo homicídio e incapaz de “permanecer na condição de policial da reserva remunerada”. O policial já havia sido aposentado pela PM.

“Em razão dos argumentos expostos, que o 1º Sgt. PM Carlos Alberto Rocha, Mat. 38378023, está moralmente incapaz de permanecer na condição de Policial Militar da Reserva Remunerada”, determinou a decisão, publicda em 7 de janeiro.

“Neste sentido, acolhendo a conclusão do Colegiado quanto à culpa do acusado, e com fundamento nos termos do art. 86 inciso II, do art. 94 e do art. 95 inciso VI, todos da Lei Complementar nº 053/90, combinados com a letra “a” do inciso IV e § 2º do art. 13 do Decreto nº 1.261, de 02 de Out 81, bem como, em face do acusado possuir mais de 22 anos de efetivo serviço na Corporação, por dever de justiça, determino a efetivação de sua REFORMA ADMINISTRATIVA”, ompleta a decisão.

Rocha serviu a Polícia Militar por mais de 22 anos e também foi investigado pela morte do adolescente Luiz Henrique da Silva Santos, de 17 anos, assassinado a tiros em 2013, durante uma perseguição em São Gabriel do Oeste. Pelo crime, ele foi absolvido por agir em legítima defesa.

CONDENAÇÃO

Segundo a denúncia, Rocha matou João Victor, que era filho de policial militar aposentado, após uma discussão no trânsito, no centro de Rio Verde. Depois da discussão, o ex-sargento sacou a arma e atirou. A vítima morreu na frente da esposa e da filha, que na época tinha dois anos.

Na época, a mulher de João Victor chegou a gravar um vídeo contando detalhes do crime e do desespero em socorrer o marido, que não resistiu ao ferimento e morreu no local. Pouco tempo depois do crime, Rocha se apresentou a Polícia Militar, foi levado a Civil e preso em flagrante.

Logo depois de ser ouvido, ele foi levado para o Presídio Militar, por conta da sua condição, mas, agora que foi expulso da corporação, o ex-sargento deve cumprir pena num Estabelecimento Penal, junto com presos comuns.

O crime ganhou comoção e muitos moradores protestaram com a família, pedindo Justiça. Na época a população chegou a cogitar motivação política, já que autor e vítima apoiavam candidatos distintos a prefeitura de Rio Verde e a campanha eleitoral dividia a cidade.