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Polícia

11/05/2017 08:08

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Ex-secretário e dono da Gráfica Alvorada estão entre os presos da Máquinas de Lama

PF cumpre 3 mandados de prisão temporária, 9 de condução coercitiva e 32 de busca e apreensão

A PF (Polícia Federal) confirmou, há pouco, a prisão temporária do ex-secretário-adjunto de Fazenda, André Cance, e do empresário Mirched Jafar Junior, dono da Gráfica Alvorada. Os dois são suspeitos de desviar cerca de R$ 13 milhões de contratos para a aquisição de livros didáticos pelo Governo do Estado.

O ex-governador André Puccinelli (PMDB) foi conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos para a PF e pode ter que usar tornozeleira eletrônica, já que é um dos principais investigados da Operação Máquinas de Lama, deflagrada na manhã desta quinta-feira (11), sendo mais um desdobramento da Lama Asfáltica.

A investigação apura também sobrepreços e desvios em obras públicas em Mato Grosso do Sul e o pagamento de cerca de R$ 150 milhões em propinas para os suspeitos. Ao todo, estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva, nove mandados de condução coercitiva e 32 mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens e valores.

A Operação reúne 210 policiais federais em Campo Grande, Três Lagoas, Nioaque, Porto Murtinho, São Paulo e Curitiba. Também participam servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e da Receita Federal. As informações foram confirmadas por meio de nota oficial da PF, que amanheceu em ‘batida’ na casa do ex-governador André Puccinelli (PMDB).

Estão sendo analisados desvios de recursos públicos por meio de direcionamento de licitações, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos. Os recursos desviados passaram por processos de ocultação da origem, resultando na configuração do delito de lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF a nova fase foi deflagrada após análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, cotejados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas, as quais “permitiram aprofundar o conhecimento nas práticas delituosas da Organização Criminosa”.

Foram colhidas provas de desvios e superfaturamentos em obras públicas, com o direcionamento de licitações, falsificação de documentos para justificar a continuidade e o aditamento de contratos, que teriam sido feitos com a conivência de servidores públicos.

Segundo a PF o dinheiro de propinas era justificado, principalmente, com o aluguel de máquinas em operações fictícias para lavar dinheiro.  Com isso, a nova fase tem o nome de “Máquinas de Lama”. 

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