As investigações sobre o estupro da adolescente de 17 anos, que aconteceu durante um trote, em Dourados, ainda devem continuar apesar da confirmação do abuso sexual, após a realização do exame pericial. A UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) repudia o crime e diz que se as averiguações apontarem que houve participação de alunos da faculdade no caso, todas as medidas administrativas cabíveis serão tomadas, inclusive a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

Ainda segundo a UFGD, a universidade disponibilizou seu serviço de Ouvidoria para o recebimento de informações e denúncias; assim como mantém o setor de Atendimento Psicológico para receber tanto a vítima quanto seus familiares.

A universidade adianta que já existem campanhas de prevenção ao trote violento e os educadores vão continuar realizando esse tipo de precaução para que outros casos não voltem a acontecer.

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com o delegado que investiga o caso e também com a delegacia da mulher do município, mas até o fechamento desta matéria não conseguiu uma resposta das autoridades.

Relembre o caso

A vítima foi estuprada durante uma festa promovida por acadêmicos. A jovem estaria iniciando seus estudos na faculdade e participava do famoso trote universitário.

A mãe da adolescente procurou a delegacia para denunciar o possível estupro na última segunda-feira (19). A mulher conta que sua filha estaria nas ações com veteranos e outros calouros da universidade.

A mãe também contou que recebeu um telefonema relatando que a adolescente estaria internada em coma alcoólico. Após o aviso, ela se deslocou até o hospital e encontrou a jovem vestida com roupas masculinas que não eram da menor.

Ela estranhou e, ao checar as vestimentas íntimas da adolescente, percebeu vestígios de sangue, porém, a menina não soube informar o ocorrido.