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Polícia

20/11/2017 07:00

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Família de advogada morta apresenta fotos para provar que acadêmico provocou outro acidente

Polícia investiga se houve fraude processual no caso, pois pai do estudante pode ter assumido a culpa pelo erro do filho

O advogado da família de Carolina Albuquerque Machado buscou com testemunhas fotos e depoimentos para comprovarem que houve fraude processual no acidente ocorrido em janeiro deste ano, onde o pai de João Pedro da Silva Miranda Jorge teria assumido a responsabilidade da colisão causada pelo acadêmico de medicina. 

Segundo as imagens anexadas ao processo, uma das testemunhas enviou fotos e garantiu que quem dirigia a caminhonete Nissan Frontier, que colidiu com um Uno, não era o engenheiro João Carlos Jorge e sim o filho.

Em prints de conversas trocadas com testemunha e fotos anexadas ao processo que pede a revogação da medida que deu liberdade ao acadêmico de medicina, uma das testemunhas afirma que ele estava sozinho no carro. 

“Estava sozinho no carro. Apesar de estar muito nervosa, me lembro que chegou um pessoal e tirou ele no local do acidente, e ele acabou deixando a carteira com todos os documentos dentro da caminhonete”, garantiu. 

Na continuidade da conversa, a mesma pessoa afirma que o acadêmico estaria embriagado no momento da colisão, que resultou em ferimentos em duas pessoas. O caso aconteceu por volta das 21h50 do dia 17 de janeiro deste ano, quando uma caminhonete Frontier invadiu a preferencial e colidiu em um Uno, que estava cruzando a rotatória na ocasião. Ismael dos Reis Sena Júnior e sua mãe Regina Sena, de 69 anos, ficaram feridos e foram socorridos pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Boletim de ocorrência fraudado?

No dia 8 deste mês, Cesina Guarin Sena fez outro boletim de ocorrência onde reconheceu João Pedro como condutor. No primeiro boletim de ocorrência lavrado pela polícia ficou a suspeita de que não seria o engenheiro João Carlos da Silva dirigindo a caminhonete, pois o nome do condutor inicialmente foi dado como Pedro, ficando a cargo da polícia investigar o caso. Em depoimento à polícia, João Carlos afirmou que teria saído do local do acidente, pois passava por problemas de saúde como pressão alta e arritmia cardíaca.

O engenheiro ainda declarou que tinha deixado o filho no local para tomar conta das coisas caso fosse necessário, mas que ele entendeu que estava tudo esclarecido porque o socorro já tinha chegado e resolveu ir embora. Porém, no depoimento das vítimas, não há nenhuma menção sobre a presença de João Carlos, que afirmou em depoimento sobre a presença de um filho sem especificar o nome. Ou seja, se era João Pedro ou o irmão dele, João Vítor, que também estava no carro no momento do acidente que vitimou a advogada Carolina.

Para justificar ter deixado o veículo no local do acidente, João Carlos afirmou que tinha sido uma orientação da seguradora. Ele ainda alegou que auxiliou as vítimas com o valor de R$ 200 para a compra de medicamentos, tendo o valor sido depositado na conta de um dos envolvidos, sem dizer se foi para Ismael ou na conta de Cesina, ambos feridos no acidente.

Desde então, o caso corre na Justiça, mas sem avançar muito, não tendo nem mesmo o posicionamento do Ministério Público Estadual ou colhido depoimentos de outros envolvidos, que seria o caso de João Pedro apontado como o filho que ficou no local para auxiliar as vítimas.

Levanta-se ainda mais suspeitas pelo fato de que no acidente que vitimou Carolina, segundo testemunhas, o estudante de medicina fez menção a outro acidente que teria se envolvido. 

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