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Polícia

27/06/2017 13:45

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Flagrado com bebidas alcóolicas, acusado de matar Brunão vai recorrer de pedido de prisão

Processo está parado há mais de quatro anos e Christiano aguarda o julgamento em liberdade

A defesa do confeiteiro Christiano Luna de Almeida, 29 anos, vai recorrer do pedido de prisão impetrado pelo MPE (Ministério Público Estadual) nesta segunda-feira (25), após ele ser flagrado em um restaurante no shopping Campo Grande, em uma mesa com copos de bebidas alcóolicas.

“Não há qualquer reclamação de comportamento antissocial por parte de Cristhiano, nem mesmo que ele estaria embriagado ou se embriagando, apenas se alega que Cristhiano estava sentado pacificamente numa mesa de restaurante, acompanhado de uma amiga, com dois copos de bebida sobre a mesa”, destaca o advogado José Belga Assis Trad.

Christiano aguarda em liberdade o julgamento pelo assassinato do segurança Jeferson Bruno Escobar, o Brunão, de 23 anos, em 19 de março de 2011. Segundo o processo, ele matou o segurança após ser retirado de uma casa noturna durante uma briga generalizada. Praticante de artes marciais, o então bacharel de direito foi indiciado por homicídio simples.

O julgamento está parado há mais de quatro anos, desde que a assistência da acusação solicitou ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça) que a sessão de julgamento por júri popular fosse adiada. O objetivo é incluir duas qualificadoras à acusação, de que o homicídio foi realizado por motivo fútil e sem chance de defesa da vítima, que consequentemente pode aumentar uma eventual pena.

O Segurança Brunão, assassinado em 2011 - Foto: Reprodução/Facebook

Após a divulgação da imagem de Christiano em um restaurante, o MPE ingressou com novo pedido de prisão, já que o réu aguarda em liberdade com a condição de não ingerir bebidas alcóolicas ou participar de festas noturnas. Conforme a acusação, também foram adicionados relatos de testemunhas que viram Christiano em casas noturnas.

A defesa do réu, no entanto, garante que “Cristhiano vem cumprindo de forma exemplar as restrições que lhe foram impostas pela Justiça, há mais de 6 anos, dedicando-se diariamente ao trabalho, ao estudo e a atividades de cunho religioso, como é do conhecimento do juiz da causa”. Inclusive com participação em ações religiosas, como a confecção do bolo de Santo Antônio.

Para o advogado José Belga, o pedido é temerário, pois ele ainda não foi julgado e pode ser retirado do seio social para ficar no sistema penitenciário, “onde milhares de brasileiros morrem por ano, de forma ‘suspeita, onde milhares de brasileiros são sexualmente explorados e economicamente extorquidos, diariamente, e onde o Estado não exerce nenhuma autoridade e disciplina, já as tendo terceirizado às organizações criminosas, há muitos anos”.

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