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Polícia

01/08/2017 11:10

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Funcionários de motel acharam que sangue de Mayara seria de um aborto

Suposta gerente do motel ligou para amiga da vítima cobrando a conta do quarto utilizado no crime

Entre os pontos que ainda não ficaram esclarecidos sobre a morte da musicista Mayara Amaral, 27 anos, está possível omissão do motel em que ela foi assassinada. Segundo o relato de uma das testemunhas do caso, os funcionários teriam confundido a cena do latrocínio, como é tratado o crime, com um possível aborto.

Uma amiga de 21 anos, que conheceu Mayara cerca de 15 dias antes do crime, durante os ensaios da banda no bairro Coophatrabalho, procurou a polícia para relatar que recebeu a ligação de uma mulher que dizia ser gerente do motel e a ameaçou, acreditando que falava com a vítima.

Para a polícia, a jovem contou que a suposta gerente ligou em seu celular pessoal cobrando uma dívida que Mayara teria deixado no motel. A mulher teria ameaçado procurar a polícia se ela não fosse pagar a conta do estabelecimento, pois suspeitava de que tivesse ocorrido um aborto no local.

A amiga então tentou contato com Mayara por diversas vezes até ficar sabendo do assassinato pelas redes sociais. Com essas informações, procurou a delegacia para auxiliar nas investigações, que culminaram na prisão de Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, Ronaldo da Silva Olmedo, 30 anos, e Anderson Sanches Pereira, 31 anos.

As informações da jovem conferem com o descrito no depoimento de Luis Alberto, único do trio a confessar o crime até o momento. Luis conta que, após o assassinato de Mayara a marteladas, na cama do local, ele ajudou Ronaldo a colocar o corpo da musicista no porta-malas do carro para deixar o motel.

Na saída, Luis afirma que pagou cerca de R$ 100, mas foi cobrado uma taxa extra da qual não se recorda, possivelmente para a limpeza do quarto. Sem dinheiro, ele acabou deixando o RG da vítima e um número que encontrou na agenda de celular de Mayara como garantia de que voltaria para realizar o pagamento.

O crime

Conforme o delegado Thiago Macedo, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, Luis Alberto marcou um encontro com Ronaldo e a vítima em um motel na saída de Rochedo, na noite de segunda-feira (24), onde Mayara foi assassinada a marteladas.

Luis e Ronaldo seguiram com Mayara já sem vida até a casa de Anderson. Lá, eles repartiram os bens da musicista. “Para despistar a polícia, Luis pegou o celular da vítima e mandou uma mensagem para a mãe e uma amiga da Mayara, tentando incriminar outro rapaz com quem ela mantinha um relacionamento”, explicou o delegado.

Após seis a oito horas da morte da musicista, o trio levou o corpo para saída de Rochedo, onde simularam um incêndio na pastagem e também colocaram fogo no corpo da vítima, para tentar dificultar a identificação. Um primeiro suspeito chegou a ser detido, mas ficou comprovado que ele não tinha nenhum envolvimento com o crime.

Ronaldo e Anderson foram presos horas depois com o carro da vítima, um VW Gol. Para o delegado, ficou claro que eles planejaram o crime com a intenção de roubar a vítima, mesmo que para isso eles tivessem que matá-la. O trio responderá por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.

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