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Polícia

23/05/2018 16:53

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Gaeco pede que sargento implicado na Máfia dos Cigarros retorne à prisão

Ex-assessor militar do governo de MS quebrou celulares durante mandado de busca e apreensão

Inconformados com a liminar que determinou a soltura do 2º sargento da Polícia Militar Ricardo Campos Figueiredo, no âmbito da Oiketicus, operação do Gaeco que investiga elo entre militares e organizações criminosas ligadas ao contrabando de cigarros, o MPE recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul pedindo que prenda, de novo, o praça. 

O militar em questão atuava na assessoria militar na Secretaria de Governo, missão pela qual recebia salário médio de R$ 16 mil. Na segunda-feira desta semana, foi publicada a sua exoneração do cargo, a pedido, no Diário Oficial do Estado. Já no dia da prisão dele, dia 16, semana passada,  o governo estadual anunciou que ia tirá-lo do cargo comissionado.

Figueiredo foi preso no dia 16, terça-feira passada e solto no sábado, 19, por determinação do desembargador plantonista, Pascoal Carmello Leandro, que sustentou na decisão não ter enxergado real motivo para o encarceramento do militar.

No dia 16, investigadores do Gaeco, braço do Ministério Público, cumpriram na casa do sargento mandado de busca e apreensão. Ou seja, não havia contra ele mandado de prisão. Naquele dia, foram presos 20 PMs, entre os quais tenentes-coronéis, major, sargento e soldados, todos por envolvimento com os contrabandistas. Os implicados, embora tenham recorrido, continuam na prisão.

Ao entrarem dentro imóvel, Figueiredo foi para o banheiro e, segundo os investigadores, quebrou dois telefones celulares. Os policiais da operação o indagaram quando os aparelhos tinham sido danificados e o sargento informou ter sido na noite anterior. 

Contudo, integrantes do Gaeco notaram que os telefones quebrados estavam “quentes” e isso fez com que eles presumissem que os equipamentos tinham acabado de serem espatifados.

Além disso, os policiais acharam na casa do sargento uma arma de porte ilegal. 

Por esta razão, o Gaeco prendeu Ricardo Figueiredo por “crime militar por embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa e deixar, sem justa causa, de cumprir decisão da Justiça Militar, ou retardar, ou fraudar seu cumprimento”.

Ainda na casa do militar, o Gaeco apreendeu uma série de documentos indicando que o sargento tinha altas somas para pagar ou já tinha pagado.
Numa pasta de plástico transparente, segundo o Gaeco, havia diversos papeis acerca de aquisição e benfeitorias de “uma chácara adquirida por Ricardo Campos Figueiredo”.

Além disso, os investigadores apreenderam um comprovante de pagamento no Banco Bradesco de um consórcio na importância de R$ 15 mil.
Também foi apreendido um boleto do banco Santander para pagamento no Banco Toyota do Brasil, no valor de R$ 32.630,41 e ainda quatro boletos do Banco Itaú, que seriam referentes a consignados nos valores de R$ 6.875,60, R$ 1.400,33. R$ 1.067,50 e R$ 704.11.

De armamento, os investigadores apreenderam uma pistola ponto 40, dois carregadores de pistola da marca Taurus, nove munições de Fuzil 7.62, marca CBC, intactos, um revólver de “aspecto antigo”, de “marca não legível”, telefones celulares e um Iphone.

Outro questionamento do Gaeco tem a ver com o quesito "antecedentes criminais" do sargento, que teria implicações administrativas pelo exercício da função.

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