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Polícia

Homem foi morto a facadas pela esposa por não aceitar filho gay

Após o crime, o corpo de Givaldo Domingues da Silva, 44 anos, foi desovado às margens da BR-262

24 maio 2017 - 17h31Por Kerolyn Araújo

O fato de não aceitar a opção sexual do filho, um adolescente de 15 anos, foi o motivo da morte de Givaldo Domingues da Silva, 44 anos. O corpo do homem foi encontrado em estado de decomposição no dia 11 de maio, às margens da BR-262, em Campo Grande.

De acordo com o delegado Jairo Carlos Mendes, da 5ª Delegacia de Polícia Civil, Kátia Regina de Castro, 42 anos, esposa de Givaldo, se apresentou à polícia na tarde de ontem (23) e assumiu a autoria do crime. "Ela disse que ele não aceitava que o filho fosse homossexual e cobrava uma postura dela, que disse que aceitaria o filho e não o colocaria para fora de casa por causa disso", explicou o delegado.

(Faca utilizada no crime. Foto: Wesley Ortiz)

Durante a discussão, Givaldo e Kátia chegaram a entrar em luta corporal, quando a mulher pegou uma faca e golpeou o marido várias vezes. Ao perceber que ele estava morto, a autora colocou o corpo do homem em uma carriola, levou até o carro do casal e desovou às margens da BR-262. 

"Depois disso, ela pegou a motocicleta da vítima e deixou estacionada em um posto de gasolina, para sustentar a informação de que ele não estava em casa", explicou o delegado. Imagens de câmeras de seguranças flagraram o momento em que Kátia deixou o veículo no local.

Conforme o delegado, o pedido de prisão preventiva de Kátia não foi solicitado por ela ter emprego e residência fixa, além de ter dois filhos menores de idade. Ela responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.