A Polícia Federal prendeu o traficante de armas do PCC, Tiago Vinícius Vieira. Ele estava preso no Presídio de Segurança Máxima em Três Lagoas e teve uma tentativa de fuga planejada por Breno Fernando Solon Borges, filho da desembargadora Tânia Garcia Freitas Borges. Depois do episódio, ele foi transferido para Campo Grande, mas contou com a ajuda de um policial militar e fugiu pela porta da frente.
Conforme a PF, Tiago Vinícius estava foragido desde maio de 2018. A prisão ocorreu no final da tarde dessa terça-feira (11), na cidade do Rio de Janeiro. Ele usava documento falso e seguia na prática do tráfico de armas e munições pela facção paulista em solo carioca.
Dinheiro e drogas apreendidos com Tiago Vinicius. (Foto: Divulgação PF)
No cumprimento do mandado de busca e prisão, segue a PF, foram encontrados dinheiro, drogas sintéticas (ecstasy em forma de balinhas), correntes de ouro e relógios, celulares importados e veículos em nome de terceiros, tudo conseguido por meio de atividade criminosa.
Tiago, segundo a PF, foi levado para Superintendência da Policia Federal do Rio de Janeiro para registro da ocorrência e depois para o presídio de Benfica, onde é feito a triagem de presos do sistema fluminense.
Breno planejou fuga de Tiago em Três Lagoas. (Foto: Reprodução Facebook)
Fuga
Tiago Vinícius Vieira estava preso no Presídio de Segurança Máxima em Três Lagoas. No âmbito da Operação Cérberus, a polícia descobriu que do lado de fora do presídio, Tiago tinha apoio do filho da magistrada. Em março, Borges saiu de Campo Grande, onde morava, para ir até a cidade ao leste do estado para ajudar na fuga do criminoso.
A trama criminosa, que veio a tona em março de 2017, foi descoberta e Tiago levado para o Presídio de Segurança Máxima em Campo Grande. Breno, que já era monitorado, seguiu solto até ser flagrado abril do mesmo ano pela Polícia Rodoviária Federal com munições e 139 quilos de maconha na BR-262.
Só que em maio, Tiago contou com a ajuda do então policial militar Gustavo Martinez Almeida, 28. O servidor cedeu uma corda feita de panos, conhecida como ''Tereza'' e abandonou o posto de vigilância para deixar o criminoso sair.
Em setembro deste ano, Gustavo foi condenado por esse crime a dois anos e nove meses em regime fechado.
Já Breno, que planejou a primeira tentativa de fuga de Tiago, foi condenado em novembro deste ano por associação criminosa e lavagem de dinheiro e pegou nove anos e seis meses de prisão.