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Polícia

Livres de acusações, dois suspeitos de participação na morte de musicista ganham liberdade

Justiça retirou a prisão preventiva de Ronaldo Omedo e Anderson Sanchez

15 agosto 2017 - 15h10Por Diana Christie

O juiz Wilson Leite Corrêa, da 4ª Vara Criminal, determinou a soltura de Ronaldo da Silva Olmedo e Anderson Sanchez Pereira, presos por suspeita de participação no assassinato da musicista Mayara Amaral, 27 anos. Já o ex-namorado da vítima, Luiz Alberto Bastos Barbosa, deverá continuar na prisão.

“Examinando as peças contidas no inquérito, constata-se que efetivamente não foram obtidas provas a respeito da existência dos crimes em relação a tais indiciados, inviabilizando-se propositura de eventual ação penal, pelo que devem ser consideradas procedentes as razões invocadas pelo Ministério Público”, diz despacho do juiz.

Segundo Wilson Leite, com a reviravolta no inquérito, não há provas de que Ronaldo ou Anderson participaram da morte de Mayara, sendo que o segundo deverá responder apenas por receptação – ele comprou o veículo roubado da vítima -, o que é considerado um crime de menor potencial ofensivo.

Neste caso, não haveria condições para manter a prisão preventiva. “Tais fundamentos são suplantados pelo desdobramento das investigações e pelo fato do acusado ter sido denunciado pela prática de crime de receptação (art. 180 do Código Penal), no qual não há violência ou grave ameaça”, explica.


Trio de acusados - Foto: Kerolyn Araújo

Agepen aguarda mandados

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que os mandados de soltura ainda não foram entregues, então os acusados permanecem no Presídio de Trânsito. Após receber os documentos, a instituição ainda verifica se não há outros mandados de prisão em diferentes processos, o que pode demorar um pouco a liberação dos réus.

Único que será mantido na prisão, Luiz Alberto vai responder pelo crime de latrocínio, agravado pelo motivo torpe, ou seja, por ódio da vítima e contra pessoa com envolvimento amoroso - violência doméstica. Ele também é acusado pela ocultação e destruição parcial de cadáver, agravado para assegurar a impunidade e vantagem do crime de latrocínio, com uso de fogo e que podia resultar em crime comum.

Já Anderson Sanches Pereira foi denunciado pelo crime de receptação. O terceiro suspeito, Ronaldo da Silva Olmedo, conhecido pelo apelido de Cachorrão, ficou de fora após Luiz mudar o depoimento e confessar que cometeu o crime sozinho.

O Caso

Mayara Amaral foi assassinada a marteladas na noite de 24 de julho, em um motel na saída para Rochedinho. Inicialmente, Luiz alegou que Ronaldo foi com o casal ao motel e matou a vítima durante a relação sexual, porém, depois de alguns dias presos, mudou o depoimento e assumiu a autoria do crime. Anderson foi preso no dia seguinte dirigindo o veículo da vítima.