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Polícia

MPE recebe novas denúncias de agressões a adolescente em Unei da Capital

O caso será investigado pela promotora Vera Frost Vieira

25 maio 2017 - 19h30Por Diana Christie

O MPE (Ministério Público Estadual) instaurou, nesta quarta-feira (24), novo inquérito civil para investigar supostas agressões físicas sofridas por adolescente que cumpre internação provisória na Unei (Unidade Educacional de Internação Provisória Masculina) Novo Caminho, em Campo Grande.

O caso será investigado pela promotora Vera Aparecida Cardoso Borgalho Frost Vieira, da 28ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude, que colocou o processo em sigilo para preservar a identidade dos envolvidos. Denúncias semelhantes, no entanto, são comuns, com outros inquéritos já em andamento e outros arquivados no MPE.

O contrário também ocorre, como os eventos que levaram à prisão do reeducando Marcos Henrique Sanches Echeverria, 18 anos, em 17 de março deste ano. Ele agrediu e tentou matar um agente penitenciário usando uma faca artesanal conhecida como ‘chucho’ para fugir da Unei Dom Bosco.

Segundo o boletim de ocorrência, Marcos estava saindo da lavanderia da instituição quando atacou um dos agentes da unidade. Um colega viu a agressão e foi ajudar, quando Marcos tentou golpeá-lo no tórax, mas acabou atingido apenas o braço esquerdo. Depois disso, o reeducando tentou fugir pulando o muro, mas não conseguiu e caiu no chão.

A mesma unidade, Dom Bosco, também já foi alvo de investigações quando três internos denunciaram um agente por cometer abusos sexuais em troca de favores. Dois adolescentes de 17 anos e um jovem de 18 anos revelaram a outros agentes que estavam recebendo presentes em troca de carícias e o caso foi parar na delegacia.

Na época, a delegada responsável pelo caso e titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente), Daniella Kades, explicou que os jovens foram ouvidos e confirmaram os abusos. Eles teriam revelado que não houve penetração, mas precisaram realizar masturbação e sexo oral.

Eles realizavam os “favores sexuais” porque precisavam de roupas, ou queriam fazer telefonemas. Assim como na denúncia atual, nem nome ou a idade do investigado foram divulgados com o intuito de preservar a identidade das vítimas.