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Polícia

06/11/2017 18:10

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'Ele ia me matar ou ia me estuprar', diz jovem que arrancou orelha de homem

Segundo a jovem, homem começou as agressões porque ela se negou a ter relações sexuais com ele

A jovem de 26 anos que arrancou um pedaço da orelha de um homem na última quinta-feira (2), na Capital, desmentiu a versão dada pelo rapaz e afirmou ao TopMídiaNews que agiu em legítima defesa, já que ele teria exigido ter relação sexual com ela. A mulher disse que aceitou sair pela primeira vez com ele, que teria bancado rodadas de cerveja para ela e uma amiga durante uma festa na madrugada e achou que teria 'passe livre' por conta disso.

“Eu conheci ele através de uma amiga e ele sempre me ligava querendo sair, mas eu sempre falava que não. Na quinta-feira, ele me ligou perguntando o que estava fazendo, daí disse que iria em um pagode e ele quis ir junto. Fui eu, ele e uma amiga para o pagode e lá, ele pagou rodadas de cerveja a noite toda, cada rodada custava R$ 15 e era uma minha, outra da minha amiga e uma dele. No final, ele não estava se aguentando em pé de tão alcoolizado que estava, daí falei para ele parar para comer”, conta a jovem.

Segundo a mulher, ao sentar para se alimentar em um comércio, o homem disse que não ‘era palhaço para pagar cervejas e não ficar com ninguém’. “Falei para ele parar para comer, nisso minha amiga desceu para colocar o celular para carregar. Na hora que ele sentou, começou a falar 'você acha que sou palhaço, que sou besta, acha que paguei cerveja para vocês e ninguém vai ficar comigo'. Eu falei: 'você é louco, não sou obrigada a ficar com você'. Na hora ele falou 'vamos embora', respondi só que 'você vai me deixar na minha casa do jeito que você me buscou'. Entramos os três dentro do carro, quando virou na Avenida Bandeirantes, ele falou 'vocês estão acostumadas a mexer com moleque, mas aqui não. Acham que sou palhaço de pagar cerveja a noite toda para vocês, assim não dá não'”.

A mulher destaca que, ao mandar o homem calar a boca, foi atingida pelo primeiro tapa no rosto. “Aí eu mandei ele calar a boca, quando falei, ele deu o primeiro tapa. Daí eu fui para cima, no segundo soco dele, ele disparou. Eu estava no banco do passageiro, ele me deu soco com a mão direta, eu não aguentei com ele no soco e mordi a orelha dele e puxei, eu senti que veio na boca e joguei fora. Ele falou que ia me matar porque eu arranquei a orelha, só que ele já tinha me espancado. Minha amiga desceu do carro, ele acelerou, parou mais para frente e me socou. Minha amiga do lado de fora, peguei celular para ligar para polícia, ele falou que eu ia morrer e não ligar para a polícia. Ai ele tomou meu celular, puxou minhas coisas que caíram. Ele ficava procurando algo no carro, achei que era uma arma. O que eu pude fazer para ele parar eu fiz. Eu queria meu celular, não tem nem cinco meses que estou com o aparelho, ele não devolveu meu aparelho e saiu”.

Ela explica que foi socorrida por um idoso que passava pelo local e foi acompanhada da amiga para a Delegacia da Mulher Brasileira. “Um senhor de idade parou e perguntou o que estava acontecendo, pedi para me levar para a delegacia, levou a gente na Casa da Mulher Brasileira, fui atendida lá. Queriam que eu fosse para o hospital, mas eu quis fazer o boletim de ocorrência para ele ser preso porque ele me agrediu. Ligaram para minha mãe, chamaram ela lá, saímos de lá, acordei no outro dia com rosto inchado e fui para o Instituto Médico Legal. Fiz o corpo de delito, médico viu que foi grave, me encaminhou para UPA, sai da UPA, tentei passar na corregedoria da Agepen para informar o que estava acontecendo porque ele falou que ia me matar. Cheguei lá e não consegui atendimento por conta do feriado. Passei pela assistente social, fiquei internada, tomei remédio, me deram remédio para desinchar o rosto porque meu olho não estava abrindo”.

Após o ocorrido, a mulher chora e acredita que caso não tivesse arrancado a orelha do suposto agressor, teria sido assassinada. “Ele ia me matar ou ia me estuprar, ia ser esse o final. Eu não aguentei com ele no soco, por isso eu pensei em morder ele para ver se ele parava de me bater, mas ele não parava. Eu só me defendi e não foi porque ele não quis pagar espetinho como ele anda dizendo, foi porque eu não quis ficar com ele. Foi porque ele acha que só porque saímos com ele e ele pagou cervejas, temos obrigação de ficar com ele. Ele está com meu celular, com meus documentos e disse que não vai devolver”.

O Caso

O homem que teve parte da orelha direita arrancada alegou que a jovem teria ficado inconformada porque ele não quis pagar um espetinho no valor de R$ 25 e teria dado início as agressões. Ele registrou um boletim de ocorrência afirmando que apenas conhecia a jovem, mas não tinha relacionamento amoroso com ela.

Ele disse ainda que encontrou a mesma na casa de uma amiga no bairro Coophasul e, de lá, todos foram para um pagode na Vila Jacy. Ele disse que estavam apenas os dois no local, quando ele achou caro o valor da comida e a mulher teria ficado irritada.  Ele afirmou que, dentro do carro, iniciou-se uma sessão de espancamento.  

A jovem, no entanto, garante que a amigo testemunhou tudo e pode confirmar as agressões. Ela também registrou um boletim de ocorrência contra o homem.

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