Duas armas de brinquedo e munições deflagradas de vários calibres foram apreendidas durante megaoperação que mobilizou 200 homens entre policiais militares e civis, Corpo de Bombeiros e Exército Brasileiro na manhã desta terça-feira (25), em Caarapó.

A força-tarefa ocorreu nas fazendas Novilho 1 e 2 e Gauchinha, em cumprimento a 14 mandados de busca e apreensão de armas de fogo, munições e veículos que teriam sido roubados e furtados durante ocupação de indígenas nessas propriedades no ano passado.

Segundo informações da Polícia Militar divulgadas à imprensa, a operação, intitulada Caarapó I, contou com 40 dias de ações de inteligência e "levantamentos operacionais de áreas a serem efetuadas a saturação policial".

Além das duas armas de brinquedo e de munições usadas, a operação apreendeu também um coldre policial, provavelmente usado por policiais feitos reféns no final de 2016 próximo a aldeia Tey I’Kue, em Caarapó.

Apesar de não terem sido encontradas armas de fogo e veículos, objetos dos mandados expedidos, a operação buscou trazer "maior sensação de segurnaça aos municípe carapoenses", segundo o coronel da PM, comandante Ary Carlos Barbosa.

"A operação contribui para fortalecer o policiamento ostensivo, preventivo e repressivo e as ações da polícia judiciária", afirmou em nota à imprensa.

Conflitos

A região é marcada por intenso conflito por terras entre indígenas e fazendeiros. Em junho de 2016, o agente de saúde Clodiodi de Souza foi assassinado na região e outros nove indígenas ficaram feridos com armas de fogo, durante retirada violenta de indígenas da fazenda Yvu, em Caarapó. Cinco fazendeiros foram presos preventivamente acusados de envolvimento direto com o ataque.