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Polícia

18/09/2017 17:13

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Pedreiro que manteve esposa em cárcere privado indenizará família em R$ 100 mil

Crime foi descoberto em dezembro de 2013. Cira viveu 22 anos em cárcere privado e era constantemente agredida e humilhada pelo marido

Dois anos após a morte de Cira da Silva, que morreu aos 48 anos após passar 22 vivendo em cárcere privado em uma residência no bairro Aero Rancho, o ex-marido da vítima e pedreiro Ângelo da Guarda Borges, 60 anos, foi condenado pela Justiça a indenizar os filhos em R$ 100 mil por danos morais. A sentença foi proferida pelo o juiz titular da 15ª Vara Cível de Campo Grande, Alessandro Carlo Meliso Rodrigues.

Conforme o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, quando o caso foi descoberto a Defensoria Pública de Defesa da mulher chegou a ingressar uma ação de reparação de danos morais, porém Cira faleceu vítima de um câncer antes da condenação do suspeito. Assim, os filhos assumiram o processo na qualidade de herdeiros.

Segundo o magistrado, a condenação de R$ 100 mil também é uma maneira de mostrar para a sociedade que a Justiça continuará tratando com rigor casos de violência doméstica.“Há que se destacar nesta oportunidade que a indenização deve ser estabelecida visando o caráter reparatório, mas também preventivo, no sentido de mostrar ao requerido que um comportamento análogo não será tolerado pelo Poder Judiciário'', ressaltou.

Ângelo já havia sido condenado em junho de 2014 pela 2ª Vara de Violência Doméstica pela prática dos crimes de lesão corporal, constrangimento ilegal e ameaça, em relação à mulher. Em janeiro de 2015, o pedreiro foi condenado pela 7ª Vara Criminal por maus tratos e constrangimento ilegal em relação a seus quatro filhos.

O caso

Cira ficou nacionalmente conhecida após 'ganhar liberdade' depois de viver 22 anos em cárcere privado na casa onde morava com o marido e os quatro filhos. Vivendo em extrema pobreza, ela era agredida com cabo de vassoura e ameaçada quase que diariamente de morte por Ângelo.

O pedreiro proibia que ela tivesse contatos com os vizinhos e até mesmo com a própria família. Os filhos também não frequentavam a escola, eram obrigados a ficarem de joelhos para dirigir palavras ao homem, além de sofrerem constantes agressões verbais, psicológicas e físicas.

Ângelo negou algumas acusações e afirmou que a esposa tinha a chave da residência e que não era proibida de visitar a família.

Com a 'liberdade', Cira passou a morar em uma residência no mesmo quintal da casa do pai. Ela morreu em abril de 2015 vítima de um câncer. A doença teria começado após uma lesão em uma dar pernas, causada por agressão.

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