A Polícia Militar frustrou a execução de um casal, pelo 'tribunal do crime', na noite desse sábado (21), em uma residência no Jardim Noroeste. As vítimas foram julgadas por videoconferência, pois o esposo havia dado um calote nos criminosos, depois de fazer um transporte de drogas para Minas Gerais.

Por volta das 19h30, a PM foi acionada após denúncia de sequestro, e abordou, Willian Gada, um dos suspeitos, na frente da casa. Enquanto conversavam com ele, os militares ouviram uma mulher, identificada como Marisa, gritando e um homem correndo para os fundos da residência.

Além de Willian, estavam dentro da casa, Luan da Silva Cruz,24, Gabriel Freitas Barros, 29, e Genaro Antonio Gimenez Morales Júnior,24.

 Dos quatro suspeitos que estavam na casa, um fugiu pulando muros, mas foi capturado em seguida. Eles haviam quebrado os celulares das vítimas e já teriam tido a autorização para tirar a vida das vítimas. Os suspeitos também promoveram tortura psicológica, já que falaram que sabiam a respeito do filho de Marisa e que iriam matá-lo.  

Calote

De acordo com o boletim de ocorrência, Raimundo, uma das vítimas, declarou ser motorista, e que há dois meses foi contratado para levar droga para Minas Gerais. No entanto, dos R$ 20 mil combinados, recebeu somente R$ 14 mil.

O desentendimento entre eles surgiu, segundo a polícia, quando Raimundo, disse ter ficado com a carreta de Genaro, pois perdeu o contato telefônico dele. Ele decidiu então vender as rodas do veículo e penhorar a carroceria (cavalinho) para Gabriel, que a deixou em frente a um lava jato, na Avenida Zahran.

Genaro, Luan e Willian, todos de Ponta Porã, localizaram o cavalinho e foram resgatar o veículo. No entanto, o proprietário, identificado como 'Bigode', ligou para Gabriel pedindo autorização para pegar a carroceria. Gabriel foi ao local, e ficou sabendo pelos outros suspeitos, que Raimundo teria dado um golpe em Genaro e ficado com o caminhão.

Gabriel, o único que sabia do endereço de Raimundo, levou os demais até o local, onde mantiveram o casal sob domínio.

Raimundo já havia feito um primeiro transporte de drogas de Ponta Porã para Belo Horizonte. Conforme o registro policial, na frente da casa onde o motorista Raimundo mora, havia um veículo Hilux, que seria dos criminosos, além de um I30 de cor preta, que dava apoio a operação.

Todos foram levados para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário no centro.