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Polícia

PM que matou jovem em baile funk se apresenta na delegacia e alega legítima defesa

O policial militar se apresentou na 5ªDelegacia na tarde de hoje

12 junho 2017 - 16h56Por Anna Gomes

O policial militar de 31 anos, que matou o adolescente Luiz Junior Souza, 17, prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (12), na 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande onde confirmou que atirou contra o menor por legítima defesa. O rapaz foi morto durante uma troca de tiros no último sábado (10),  em um baile funk, na Chácara da República, no Bairro Jardim Monte Alegre, na Capital.

Conforme o advogado de defesa do policial, Amilton Ferreira de Almeida, seu cliente continua dizendo que só atirou após supostamente o adolescente ter atirado pelo menos duas vezes contra o militar que teria revidado e um disparo acabou atingindo o pescoço de Luiz que morreu no local.

Ainda conforme o depoimento do policial, ele não estava trabalhando na festa como segurança e teria ido ao local exclusivamente para se divertir. Um tumulto supostamente começou dentro da casa de shows e já fora do estabelecimento, o militar diz ter visto duas pessoas armadas.

Ao ver os adolescentes portando as armas de fogo, o policial deu voz de prisão, mas apenas Luiz teria começado a atirar contra o militar que revidou os disparos.

Após fugir do flagrante, o militar resolveu se apresentar nesta tarde na delegacia. Ele prestou depoimento e foi liberado, mas conforme informou o advogado, a qualquer momento o delegado Jairo Carlos Mendes, que investiga o caso pode pedir a prisão preventiva ou temporária do policial.

"Ele não conhecia o adolescente e só atirou para a própria defesa e para a defesa das pessoas que estavam no local. Agora a polícia vai investigar todos os fatos, mas ele vai continuar mantendo o que falou desde o princípio", destacou Amilton.

Ainda novamente foi perguntado para o advogado sobre a arma que o adolescente supostamente estaria portando. Ele não soube responder se ela foi apreendida.

 

Posição da Casa de Shows

A equipe de reportagem entrou em contato com o responsável da Chácara República e ele informou que a briga aconteceu a metros de distância da casa noturna. O dono do estabelecimento ainda destacou que o menor não estava dentro do local.

"Atendemos um público muito grande, mas ele não estava dentro da casa. É normal várias pessoas se aglomerarem próximo ao local e não entrar. Não vi como tudo aconteceu, pois estava trabalhando no caixa, quando saí, vi o que havia acontecido, mas o policial realmente não é segurança do Chácara República e ele teria ido apenas para se divertir", esclareceu.