Está prevista para amanhã (26) a reconstituição do crime que chocou a população Campo Grande. O assassinato brutal do ex-vereador Cristóvão Silveira (PSDB), e a esposa dele, Fátima Silveira. Ambos foram mortos a facadas na terça-feira (18), na chácara onde moravam, localizada na MS-080, saída para Rochedo. A mulher ainda teve parte do corpo carbonizado.
Segundo o delegado que investiga o caso, Fábio Peró, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Rouba a Banco, Assaltos e Sequestros), a simulação do crime acontece nesta quarta-feira, às 9h30.
O mentor do crime seria caseiro da chácara, identificado como Rivelino Mangelo, 45 anos. Ele contou com a ajuda dos filhos, Alberto Nunes Mangelo, 20, e Rogério Nunes Mangelo,19. Já Diogo André dos Santos Almeida,19, que seria sobrinho do caseiro morreu durante um confronto com a polícia, enquanto um outro indivíduo que não teve a identidade revelada conseguiu fugir.
Crime premeditado
Conforme o delegado, o crime estava sendo premeditado por Rivelino há cerca de uma semana. "Pegamos vários áudios no celular dele combinando o crime com o filho, Rogério, e o sobrinho Diogo. Nos áudios ele foi claro ao dizer que, caso não tivesse ajuda dos dois, cometeria o crime sozinho", explicou.
Ainda segundo Peró, Rivelino disse que estava com raiva do patrão por ser constantemente maltratado e humilhado. À imprensa, o suspeito confirmou a versão. "Ele me xingava e me humilhava todos os dias na frente da minha esposa e da minha filha", contou.
Plano dos criminosos
De acordo com a polícia, o crime ocorreu por volta das 15h30 de terça-feira (18). Rivelino teria atraído os patrões até um galpão na propriedade rural onde moravam. Ele teria ficado responsável por golpear a mulher, enquanto Diogo feria o homem. Segundo a polícia, Cristóvão teria reagido e entrado em luta corporal com os suspeitos.
A intenção também era incendiar os corpos, mas como havia pouca gasolina, apenas uma parte do corpo de Fátima foi carbonizado.
Após o crime, eles fugiram do local e a caminhonete da vítima foi abandonada em um lixão na cidade de Anástacio por Rogério. Rivelino foi o primeiro a ser preso, após a polícia desconfiar da versão de roubo com cárcere privado e encontrar os corpos na propriedade rural.