A Polícia Civil encerrou o inquérito do assassinato do empresário Adriano Correia, 33, pelo policial rodoviário federal Ricardo Syun Su Moon, de 46 anos, sem chegar a conclusão do que levou ao policial atirar contra a vítima. O policial será indiciado por homicídio doloso e dupla tentativa de homicídio.

A delegada Daniella Kadis afirmou que a primeira ligação realizada ao Ciops foi de Syun Su Moon que solicitou que a polícia de trânsito comparasse aoi local devido um motorista supostamente embriagado. A delegada afirmou que  não houve discussão e sim uma abordagem por parte do policial , mas também não chegaram a conclusão de quais motivos levaram o PRF a atirar contra o empresário. “Syun Su Moon continua dizendo que foi legitima defesa, mas conforme o inquérito o que o policial diz não condiz com as provas analisadas”, afirmou a delegada.

Em relação ao suposto favorecimento que o PRF recebeu da polícia militar e polícia civil, os delegados responsáveis pelo caso informaram que isso é de responsabilidade de uma investigação administrativa feita pela corregedoria do órgão, não sendo papel da polícia civil apurar isso.

De acordo com o inquérito, ficou mantida o diagnóstico do primeiro delegado do caso, de que Syun Su Moon responderá por homicídio doloso e dupla tentativa de homicídio. O policial continua preso e se encontra a disposição da justiça.

A delegada Daniella Kadis informou que escutou quinze testemunhas e realizou vinte oitivas. Estão aguardando o inquérito complementar para dar mais embasamento ao caso. Os peritos têm aproximadamente dez dias para apresentar os laudos, mas esse prazo pode ser prorrogado. Também foram analisadas as imagens das câmeras de segurança e as gravações telefônicas.