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Polícia

25/04/2017 20:00

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Policiais acusados de cobrar R$ 10 mil de família de preso são exonerados

Dupla prometeu proteger presidiário em troca do dinheiro

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) publicou, nesta segunda-feira (24), a exoneração do escrivão Alexander Marques Cabral e do investigador Reginaldo Antunes Mendonça, acusados de cobrar R$ 10 mil para proteger homem preso por tráfico de drogas. Ambos integravam a Polícia Judiciária, lotados na Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

Segundo o site Perfil News, os policiais foram presos em flagrante, em dezembro de 2013, no momento em que o escrivão aguardava as vítimas efetuarem saque no valor de R$ 10 mil, em uma agência bancária de Ponta Porã, cidade distante cerca de 313 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com a investigação realizada pela Corregedoria, o escrivão e o investigador exigiram o dinheiro para proteger o filho de uma das vítimas, acusado de tráfico de drogas, que estava preso em uma das celas da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, mesma unidade onde eles eram lotados.

O investigador estava de plantão no dia do flagrante e usando a viatura caracterizada da Polícia Civil, um Renault Logan. Ele recepcionou as vítimas na estação rodoviária da cidade e as encaminhou até o escrivão, que utilizou um carro particular para levá-las, primeiramente a uma agência da Caixa Econômica Federal, onde não foi possível fazer o saque. Em seguida, até o Banco do Brasil, onde foram realizadas as prisões.

Conforme o diário oficial do Estado, eles foram exonerados por várias infrações ao código de conduta da Polícia Civil como “praticar atos que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a instituição ou função policial”; e “valer-se do cargo com o fim ostensivo ou velado de obter proveito de natureza político-partidário ou de qualquer natureza, para si ou para outrem”.

A dupla também descumpriu com os deveres do policial civil de “conduzir-se, na vida pública como na particular, de modo a dignificar a função”; “desempenhar suas funções e agir com assiduidade, discrição, honestidade, imparcialidade e com lealdade”; “observar as normas legais e regulamentares”; e “ter irrepreensível conduta profissional, pugnando pelo prestígio do serviço do Policial Civil e velando pela dignidade de suas funções”.

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