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Polícia

26/09/2017 12:16

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Rocinha tem tiroteio, e helicóptero lança panfletos de denúncia

Folhetos têm contatos do Disque-Denúncia e pedem a moradores que denunciem 'crimes e atividades suspeitas'

Agentes do Exército sobrevoam a Rocinha, na Zona Sul do Rio, na manhã desta terça-feira (26), e lançam papéis com informações do Disque-Denúnica e pedindo que os moradores denunciem a localização de criminosos ligados aos confrontos que têm acontecido na comunidade há mais de uma semana.

Desde o dia 16, o Disque-Denúncia recebeu 279 chamadas sobre localização de armas, traficantes e possíveis rotas de fuga utilizada por criminosos.

Moradores chegaram a relatar que algumas pessoas estavam pedindo para ninguém pegar o panfleto que estava sendo jogado do helicóptero.

Durante a madrugada, não havia relato de troca de tiros na região, mas pela manhã, a Polícia Militar confirmou que houve tiroteio – porém, ainda não tinha detalhes sobre confrontos. Até as 10h30, não havia informações sobre prisões e apreensões na comunidade.

Em função da operação e do cerco à Rocinha, as escolas municipais da região suspenderam as aulas. Ao todo, 3.344 alunos de seis escolas, duas creches e uma Unidade de Desenvolvimento Infantil estão sem aulas.

Unidades de saúde têm funcionamento alterado

Por conta da situação na Rocinha, a Secretaria Municipal de Saúde precisou fazer adaptações no funcionamento de algumas unidades localizadas na comunidade e arredores. As atividades na Clínica da Família Maria do Socorro foram suspensas temporariamente, e a equipe foi dividida para atendimento aos usuários na Clínica da Família Rinaldo de Lamare e no Centro Municipal de Saúde Píndaro de Carvalho Rodrigues, na Gávea.

Equipes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) estão atendendo na Clínica da Família Rinaldo de Lamare para dispensação de medicamentos e realização de medicação assistida das 8h às 17h. O restante da equipe está realocada no CAPS Franco Basaglia, em Botafogo, para atendimento 24h. As atividades nas instalações da unidade também estão temporariamente suspensas.

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rocinha também está com as atividades suspensas temporariamente, e equipes do plantão diurno estão atendendo na Clínica da Família Rinaldo de Lamare. O plantão noturno atenderá no Hospital Rocha Maia, em Botafogo.

O Centro Municipal de Saúde Albert Sabin mantém o funcionamento normal. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ao longo do dia serão feitas novas avaliações sobre a possibilidade de reabertura plena das três unidades que estão com o atendimento redirecionado.

Prisões temporárias decretadas

Na manhã desta terça, o Plantão Judiciário informou que decretou pedido de prisão temporária para diversos investigados no inquérito criminal envolvendo a invasão da comunidade da Rocinha. No entanto, para preservar a investigação, foi decretado segredo de justiça.

A polícia já identificou 59 criminosos que participaram dos confrontos na comunidade. Nesta segunda-feira (25), homens do Exército encontraram uma movimentação estranha e no meio da Vista Chinesa tinham sido abandonados 17 carregadores de fuzil, quatro carregadores de pistola, seis granadas, duas armas e munição. O local é de grande movimentação de turistas.

O cerco aos traficantes da Rocinha que escaparam pela mata continua intenso. Homens do Exército e da Marinha fazem revistas nos principais acessos à favela. Apesar da presença ostensiva das Forças Armadas e da PM, o clima ainda é de medo. Nesta segunda, uma equipe da Polícia Civil foi recebida a tiros por bandidos em fuga, mas não houve feridos.

A polícia identificou mais 30 suspeitos de participar dessa guerra na favela e vai pedir a prisão deles. Agora são 59. O Ministério da Defesa informou que depois da ocupação das forças de segurança não houve mais relatos de confrontos entre os dois grupos rivais que disputam o comando do tráfico de drogas na comunidade.

Só que essa guerra se espalhou para outras favelas também dominadas por facções criminosas. Por isso, as operações da polícia estão acontecendo em outras áreas, criando um clima de medo entre moradores do Rio.

 

 

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