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Polícia

20/10/2017 07:30

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Sergio Moro condena lobistas ligados ao PMDB por corrupção

Eles são acusados de interemediar o pagamento de U$ 15 milhões a políticos do PMDB; ambos negociam acordo de delação

O juiz Sergio Moro condenou lobista Jorge Luz a 13 anos e oito meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em sentença tornada pública na manhã desta sexta-feira. Bruno Luz, filho de Jorge, também foi condenado pelos mesmos crimes, mas a sentença foi menor: seis anos e oito meses de reclusão. Na mesma ação, o ex-gerente da área internacional da Petrobras Luiz Carlos Moreira da Silva foi condenado a 12 anos de prisão.

Na decisão de Moro, Jorge e Bruno são acusados de participar da viabilização do pagamento de US$ 35 milhões a políticos do PMDB e a funcionários da Petrobras entre 2006 e 2008 para garantir que a Samsung Heavy Industries fosse contratada para construir dois navios-sondas para a estatal. Eles também atuaram para a distribuição de US$ 2,5 milhões de propinas para que a Schahin Engenharia fosse escolhida para operar um deles.

Moro lembrou, na sentença, que Jorge e Bruno Luz negociam um acordo de colaboração premiada, mas diz que as tratativas ainda não foram concluídas:

"Além disso, há elementos probatórios que indicam que estariam envolvidos em diversos esquemas criminais, com o que a colaboração deve ser completa e integral, sendo inapropriada considerá-la isoladamente."

EX-GERENTE DA PETROBRAS É PRESO

Na mesma ação, o juiz Sergio Moro decretou a prisão do ex-gerente da área internacional da Petrobras Luiz Carlos Moreira da Silva por destruição de provas. Ele é apontado como um dos consultores envolvidos na aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas.

Silva foi condenado a 12 anos de prisão em sentença tornada pública nesta sexta-feira e que faz parte do processo que apura o pagamento de propina a políticos do PMDB e funcionários da Petrobras para a contratação da Samsung Heavy Industries para construir dois navios-sonda da Petrobras.

Em 15 de agosto, o Ministério Público Federal (MPF) havia pedido a prisão preventiva do ex-gerente da Petrobras por suspeita de destruição de provas. Segundo o despacho do juiz Sergio Moro, ele "apagou, seletivamente, mensagens de teor incriminatório e que se encontravam na caixa postal" de um endereço eletrônico. A fraude foi descoberta porque os e-mails estavam na caixa postal do destinatário, outro investigado na Lava-Jato.

"Conduta da espécie é equivalente a de destruição de documentos incriminatórios e constitui risco evidente à investigação ou instrução" de outros processos em que Silva é investigado, segundo Moro.

 

  

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