Cícero Alexandre, 46 anos, se apresentou na tarde desta quinta feira (16), na delegacia de Polícia Civil de Rio Brilhante, cidade distante cerca de 161 quilômetros de Campo Grande. Acompanhado por dois advogados, ele confessou ter matado o genro, Antônio Eulálio Mello de Aquino, 51 anos, o ‘Preto’.

Casado com a sogra da vítima, Cícero disse à polícia que era ameaçado por Antônio e, na quarta-feira (15), foi agredido com tapas na cabeça na casa da enteada. Ele afirma que, depois disso, foi até sua residência, onde pegou um revólver calibre 32, e retornou à casa da vítima e cometeu o crime.

Segundo o site Rio Brilhante em Tempo Real, Cícero garante que foi até a casa do ex-motorista apenas para conversar sobre a agressão, mas alega que foi recebido com mais agressões logo que chegou ao portão, quando sacou a arma e efetuou os disparos, quatro no total. ‘’Ele já me ameaçava há muito tempo e ontem ele bateu na mulher dele, que é minha enteada lá no rio, e ainda me bateu também, não aguentei e fiz isso’’, afirma.

Depois de atirar em Antônio, o acusado conta que fugiu em um veículo HB20, mas se arrependeu do crime. Durante a fuga, ele jogou o revólver dentro do rio Brilhante e fugiu para Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde ficou até ontem. Com um mandado de prisão preventiva em aberto, ele ficou detido na delegacia.

Ao Rio Brilhante em Tempo real, o delegado André Luís de Mendonça Fernandes explicou que o caso ainda não está concluído, pois outras pessoas devem ser ouvidas. ‘’Por enquanto, o que temos é a confissão dele, mas ainda vamos ouvir mais pessoas da família para entender melhor o que aconteceu’’, diz.

O acusado responderá por homicídio qualificado. Ele tem antecedente por uso de documento falso.

O crime

Antônio Eulálio Melo de Aquino, 51 anos, ex-motorista do Conselho Tutelar de Rio Brilhante, foi assassinado com quatro tiros, sendo dois na cabeça um no ombro e outro no braço, na varanda da casa onde morava na rua Maria de Jesus Cerveira, no bairro Benedito Rondon.