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Polícia

18/10/2017 11:55

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Suspeitos de vender certidões de óbito podem ter colaborado para esconder crimes, diz delegado

O atestado de óbito era assinado sem que os corpos passassem por exame de necropsia

A polícia não descarta a possibilidade dos suspeitos de venderem certidões de óbito na Capital terem colaborado com práticas criminosas, já que o atestado de morte era assinado sem a realização do exame de necropsia.

Conforme o delegado da Depac Piratininga, Hoffman D'Ávila Cândido, o dentista Marco Aurélio Dorsa, 52 anos, assinava o documento utilizando um carimbo falso com o nome de outro médico, agilizando a liberação do corpo para velório.

O dono da funerária Pax dos Anjos,  Anderson Ferreira de Souza, 35 anos, se aproveitava do momento delicado que a família do morto encarava e dizia que conhecia um médico que conseguia fazer a liberação mais rápida, alega a polícia. “O Anderson aproveitava do momento frágil da família das vítimas, chegava no canto e dizia que conhecia um médico que poderia agilizar a liberação do corpo. A família, sem saber, acabava pagando por esse valor que é proibido. Essa é uma fraude com toda autoridade. O dentista, além de não poder fazer o serviço, usava de falsidade e o corpo não passava por nenhuma necropsia. O dentista não sabia como a morte acontecia, se era natural ou violência, ele apenas assinava o documento”.

Conforme a polícia, a dupla cobrava de R$ 300 a R$ 500 pelo serviço. O dentista foi preso dentro de seu consultório, que fica na rua da Imprensa, no bairro São Francisco. Segundo o delegado, no momento da prisão, Dorsa tentou se livrar do carimbo falso com o nome de outro profissional, mas não conseguiu.

Já Anderson recebeu voz de prisão enquanto prestava serviço, através da funerária, dentro da delegacia. O carimbo e os celulares utilizados pelos autores foram presos. O caso será encaminhado para Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações e Falsificações).                                            

Os dois permanecem presos e, de acordo com o delegado, a fiança para o dentista foi arbitrada no valor de cinco salários mínimos e de dois salários mínimos para o dono da funerária.  O caso continua sendo investigado, já que a polícia também não descarta a possibilidade dos suspeitos terem colaborado com foragidos, que através do atestado de óbito deixam de ser procurados. 

Veja a chegada dos suspeitos à delegacia:

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