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Polícia

02/08/2017 18:15

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Troca de funcionárias em turno de motel ajudou assassino de Mayara a deixar local

Dona e funcionária de motel onde Mayara foi morta prestaram depoimento à polícia e esclaceram o motivo pelo qual não acionaram a polícia

A dona do motel onde a musicista Mayara Amaral, 27 anos, foi morta na semana passada, e uma funcionária do estabelecimento, prestaram depoimento na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Defurv) e explicaram o motivo de não terem acionado a polícia após os assassinos deixarem o local. 

Conforme o advogado Rodrigo Alcântara, que representa o motel, à delegada Gabriela Stainle, que conduz as investigações, as clientes explicaram detalhadamente como tudo ocorreu. "Elas contaram que Mayara deu entrada no local com autor do crime na segunda-feira (24), entre 21h e 22h. No dia seguinte, somente o homem saiu do local por volta das 10h", contou.

Segundo o advogado, quando Mayara entrou no local com Luis Alberto Barbosa Bastos, 29 anos, e Ronaldo da Silva Olmedo, 30 anos, que estava escondido no porta-malas do veículo, foi atendida por uma funcionária. Com a troca de turno, uma outra empregada do estabelecimento atendeu o suspeito quando ele deixou o local. "Ela perguntou da companheira e ele (Luis) respondeu que ela havia passado mal durante a madrugada, com uma forte hemorragia e teria sido resgatada pelo pai", detalhou. Como ela não estava no motel no turno da madrugada, acreditou na versão dada por Luis.

Sangue no quarto

Rodrigo contou que Luis pagou pela pernoite no motel o valor de R$ 146 e ficou devendo R$ 10, uma taxa extra cobrada por ter sangue no lençol da cama. "Na conferência do quarto, a atendente percebeu que o lençol estava manchado de sangue, porém nada anormal. Nesses locais é comum encontrar a cama suja", disse. Ainda coforme o advogado, não havia vestígios de sangue em outras partes do quarto. "Como não havia sangue no chão, nem no banheiro e apenas o lençol manchado, a funcionária não perceu nada", disse.

Como não tinha os R$ 10 para pagar a taxa extra, Luis deixou o RG de Mayara no local e um telefone de contato. "Ele disse que voltaria para pagar pelo serviço", comentou Rodrigo.

No mesmo dia do check-out, o administrativo do motel entrou em contato com o telefone deixado por Luis, que foi atendido por uma mulher. "Ela disse que não sabia da história e que era apenas uma conhecida da Mayara".

O advogado ressaltou que todo o procedimento foi feito corretamente e o estabelecimento só ficou sabendo do crime quando a polícia foi ao local. "Em momento algum o motel teve a intenção de acobertar o crime. Caso o quarto estivesse com mais sangue do que o comum, com certeza a polícia teria sido acionada", disse o advogado.

Segundo Rodrigo, as clientes estão dispostas a colaborar com as investigações e as filmagens do local na noite do crime já foram entregues à polícia. 

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