Apaixonado pelos filhos, pela família e ainda muito querido na Câmara Municipal, onde terminou seu último mandato em 2012. Assim era definido o ex-vereador Cristóvão Silveira. Ele e a esposa Fátima Silveira foram mortos pelo caseiro da chácara que ele tinha em Rochedo.

O crime chocou pela violência e pela forma que aconteceu, pois o caseiro teria recebido a ajuda dos filhos para matar o casal a facadas. Segundo a polícia, os autores ainda atearam fogo no corpo de Fátima e teriam levado uma caminhonete da família. 

O casal ia comemorar 35 anos de casados no próximo dia 25 deste mês e, segundo familiares, Fátima estava cuidando da festa.

“Eles iam celebrar 35 anos de sacramento agora dia 2. Ela super feliz e cuidadosa com a festa. Meu Deus que brutalidade! Que o Senhor os receba de braços abertos”, lamentou a amiga Vera Diniz.

Silveira foi vereador por cinco mandatos e era do PSDB, tendo como companheiro de partido o governador Reinaldo Azambuja e o presidente da Câmara João Rocha. Em 2012 ele desistiu de concorrer a reeleição e foi “tocar a vida” como ele mesmo dizia.

Segundo pessoas próximas, desde então ele se dedicava a cuidar dos negócios da família. “Era muito rico”, comentou um amigo próximo que pediu para não ser identificado.

Histórico

Silveira nasceu em Bela Vista em 1951. Formado em administração de empresas pela FUCMT. Fez carreira política em Campo Grande exercendo mandato de vereador por cinco mandatos. Casado com Fátima Silveira desde 1982. Esse ano comemorariam 35 anos de casado. 

Foi eleito pela primeira vez nas eleições de 1992, durante o mandato do prefeito Juvêncio da Fonseca. Filiado ao PSDB, nunca mudou de partido. Deixou a carreira política em 2012, quando decidiu não disputar a reeleição. Durante 20 anos, foi autor de 164 proposições, entre elas o projeto cantina saudável e a obrigação do uso de cinto de segurança nos automóveis, antes de virar regra nacional. 

Como vereador apresentou projetos relacionados ao uso da agua potável, estabeleceu regras para apresentação de circos na Capital. Também é autor de lei que facilitava a regularização fundiária pela população de Campo Grande.