O juiz Ney Gustavo Paes, da 3º Vara Federal de Mato Grosso do Sul, deu um “passa-fora” na defesa do ex-governador André Puccinelli (PMDB) durante a audiência de custódia realizada na Justiça Federal no final da tarde desta terça-feira (14). Isso antes do ex-governador conseguir habeas corpus e já se preparar para deixar a cela do Centro de Triagem de Campo Grande, onde passou a noite.

Durante o momento que o magistrado estava inquirindo Puccinelli sobre o tratamento recebido, do momento da prisão até a audiência de custódia, o advogado Renê Siufi interrompeu o juiz, pedindo para que seu cliente tivesse a prisão trocada por tornozeleira eletrônica.

“Só queria fazer o requerimento ao senhor que o dr. André, uma vez foi colocado a tornozeleira, que na realidade substitui por medidas cautelares”, solicitou, antes do momento previsto.

O juiz então afirmou que o momento era diferente de quando André usou o artefato. “Não sei se o senhor conseguiu ler minha decisão inteira, eu fiz remissão inclusive no habeas corpus do Ministro Marco Aurélio, nesse momento eu entendi que a situação fática era diferente e por isso que cabia a prisão preventiva. E minha ideia é inquerir os quatro presos e depois vou abrir para a defesa, mas já adianto de início, que é uma decisão bem grande  e que minha ideia é reiterar os termos da decisão anterior”, afirmou.

Mesmo com a argumentação da defesa, o ex-governador e o filho André Puccinelli Junior acabaram indo para o Centro de Triagem da Capital, onde permanecem presos. No entanto, já devem ser liberados graças a decisão do desembargador Paulo Fontes, do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), nesta quarta-feira (15).

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