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Polícia

26/03/2018 07:00

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Mesmo com prisão de golpistas, vítimas ainda caem no conto da mina de ouro em MS

Esquema foi descoberto pela Polícia Federal em novembro do ano passado

Oitenta e cinco dias atrás, em 21 de novembro de 2017, policiais federais deflagraram a partir de Campo Grande a Ouro de Ofir, operação que arruinou um esquema que prometia rendimentos colossais aos interessados num negócio que envolvia ouro do tempo do império e também antigas letras do Tesouro Nacional. Ainda assim, com todo este tempo e com os cabeças da farsa encarcerados, vítimas caem na tramoia por acreditarem na promessa de que podem multiplicar o dinheiro que tem em até mil vezes.

Investigadores do caso confirmaram ao TopMídiaNews que pessoas ligadas aos detidos, por meio de redes sociais, ainda dialogam com as vítimas e atraem outras com os mesmos argumentos.

Permanecem presos, desde novembro, Celso Éder Gonzaga de Araújo, Anderson Flores de Araújo e Sidinei Peró. Em fevereiro, mês passado, os três ficaram soltos por um dia.

Gonzaga é dono da empresa Company - Consultoria Empresarial, instalada em Campo Grande e onde o plano funcionava. Peró e Araújo seriam os chamados "líderes" ou "corretores", nomes inventados pela chefia do bando.

Em dia de plantão judiciário, a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges concedeu liberdade ao trio e ainda impôs segredo judicial no caso.

Contudo, o desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva revogou a medida e derrubou o sigilo. “O segredo de Justiça é exceção, posto que a regra é a da completa publicidade dos atos judiciais, em especial quando se trata de investigação criminal já encerrada, que envolve um incalculável número possível de vítimas”, escreveu o desembargador no despacho.  

A TRAMA

De acordo com a PF, os integrantes do grupo dizem às vítimas que existe uma suposta mina de ouro, explorada há muito tempo, ainda no período do Brasil Imperial (1822-1889).

E, para tirar proveito da tal mina, que não existe, a vítima entra no negócio com valores de R$ 1 mil, o mínimo fixado, a quantias superiores, de R$ 20 mil, como fez um morador de Campo Grande. 

Os “investidores” acreditam que teriam de lucro, até 1000%. Antes de depositarem as somas, as vítimas recebiam documentos falsos de instituições públicas federais, uma estratégia aplicada pelos golpistas para dar "credibilidade" à trapaça.

Cálculos da PF revelam que os estelionatários pegaram dinheiro, em torno de R$ 100 milhões, e não devolveram, a pelo menos 25 mil pessoas no país.

O nome da operação faz referência a uma passagem bíblica, na qual o ouro da cidade de Ofir era finíssimo, puro e raro, sendo o mais precioso metal da época. No entanto, Ofir nunca foi localizada e nem ouro que lá tinha foi visto por alguém.

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