Após saber que estaria livre da tornozeleira eletrônica, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) falou com exclusividade, via WhatsApp e ligação celular, com o TopMídiaNews. Ele mostrou-se surpresa e afirmou que ele se sentia grato àqueles que o apoiaram. Já sobre as novas denúncias, dessa vez da JBS, ele se pronunciou ontem (leia aqui).

“Me sinto agradecido a Deus, à família e aos verdadeiros amigos”, afirmou ele em entrevista por telefone. 

Na última segunda-feira (15) a reportagem esteve com o ex-governador, que estava usando o artefato no tornozelo direito. Na ocasião, ele reclamou que o equipamento estaria incomodando. Até então, Puccinelli não estava falando com a imprensa a pedido do advogado de defesa, Renê Siufi. 

Ele garantiu que não tinha como pagar a fiança arbitrada em R$ 1 milhão. “Os meus filhos queriam ajudar, mas o valor é alto. E os bens estão bloqueados por ela mesma”, afirmou, citando como 'ela' a juíza Monique Leite, que determinou bloqueio de bens dos investigados da Lama Asfáltica no ano passado, na segunda fase da investigação.  

Durante o tempo que ficou com a tornozeleira o ex-governador disse que foi monitorado pela Agepen, inclusive durante a madrugada com ligações em seu telefone residencial e questionamentos se ele não estaria fora da área de monitoramento. 
 

Puccinelli é investigado por desvios de dinheiro público, fraudes em licitações na operação Lama Asfáltica desencadeada pela Polícia Federal, CGU (Controladoria Geral da União) e Receita Federal. 

Ele seria o “líder”, segundo a PF, de uma organização criminosa que atuou durante a época que ele era governador do Estado.