Após diversos protestos e promessas que aguardam novos diálogos, os servidores da ‘referência 14’, que inclui psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde que atuam na rede pública estão elaborando uma ação, que promete aumentar o estoque de sangue e paralisar os serviços fornecidos diariamente na Capital.

De acordo com um servidor, que prefere não se identificar por medo de represálias, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) havia concordado em diminuir a carga horária da categoria para 30 horas semanais, mas teria voltado atrás após dialogar com secretários.

“Estamos estipulando uma doação massiva de sangue,  para que muitos servidores paralisem as atividades para doar sangue, obedecendo as normas do estatuto do servidor, que dispensa o trabalhador no dia da doação. O Executivo vai sentar para ver o resultado dos estudos com a categoria no dia 2 de outubro, vamos aguardar a resposta, mas já estamos pensando nesta grande ação. Aparentemente os secretários estão a favor do deferimento das seis horas, o problema segundo as conversas de corredores, pode ser que o secretário que fale que vai dar seis horas, mas na mesa dizer não. Como a referência está bem desgostosa, estamos articulando essa ação que vai fazer bem para a população”, explica o servidor.

Questionado sobre a data para a doação massiva, o trabalhador afirma que a categoria ainda discute uma data e pretende dividir os servidores para não superlotar setores de doação, como o  Hemosul. “Não tem data definida, vamos esperar uma resposta, mas se a categoria sentir desrespeito por parte do Executivo, essa ação vai acontecer. Então provavelmente vai começar pela assistência social, todos os servidores de CRAS e CREAS vão doar, o combinado é que isso não seja combinado com as chefias, será de surpresa. Depois, a doação será seguida pelos servidores da referência 14 da saúde e depois da Semed, estamos vendo instituições. Se todos forem a uma só ela não dá conta, vamos doar em mais de um local”.

O servidor destaca que a implantação das seis horas diárias de trabalho aumenta a qualidade de serviço oferecido pelos profissionais e aumenta o atendimento para a população. “Antes o prefeito havia dito que daria as seis horas, depois falou que faria estudo, entendemos que quem barrou foram os secretários. É melhor para a população porque amplia os horários de atendimento com turno de 30 horas semanais”.

A categoria está há três anos sem reajuste salarial e solicita a implementação de 30 horas semanais.