O colunista social, Dácio Côrrea, nomeado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), para administrar o Instituto Picolé, em Campo Grande, pediu demissão, na tarde desta quarta-feira (22). O motivo foi a polêmica envolvendo sua viagem para o Rio de Janeiro, nos dias em que deveria ter começado o trabalho na instituição.
''Diante da repercussão decorrente de viagem que fiz na última terça-feira, 21, para confirmar minha participação no Carnaval 2017 na cidade do Rio de Janeiro me vejo, por dever moral e funcional, solicitar meu afastamento do cargo para o qual fui nomeado recentemente para administrar o Instituto Picolé, evitando maiores repercussões para a prefeitura municipal'', escreveu o colunista em carta ao prefeito.
Correa destaca que, desde janeiro deste ano, vem atuando como servidor público de maneira 'digna e correta'. Sobre a viagem, Dácio diz que esse compromisso na Cidade Maravilhosa se deu de maneira repentina e era intransferível. Porém, reconhece que deveria ter avisado a administração de sua saída da cidade. ''Reconheço que por ser uma figura pública deveria ter comunicado o fato aos meus superiores, não avaliando adequadamente as conseqüências políticas que poderiam advir com a divulgação de um gesto individual sem nenhuma correlação com qualquer tipo de ato ilícito em meu trabalho'', declarou.
Confira a nota na íntegra:
Comunicado ao público
senhor prefeito Marquinhos Trad,
Diante da repercussão decorrente de viagem que fiz na última terça-feira, 21, para confirmar minha participação no Carnaval 2017 na cidade do Rio de Janeiro me vejo, por dever moral e funcional, solicitar meu afastamento do cargo para o qual fui nomeado recentemente para administrar o Instituto Picolé, evitando maiores repercussões para a prefeitura municipal.
Tenho a esclarecer que, como profissional de imprensa, venho há mais de trinta e cinco anos desenvolvendo essa atividade, sempre com meus próprios recursos, ressaltando que sou o único representante oficial de Mato Grosso Sul neste grande evento mundial.
Desde janeiro deste ano, pela primeira vez, tenho atuado como servidor público, sempre de maneira digna e correta, auxiliando o prefeito Marquinhos Trad a fazer de Campo Grande um lugar melhor para se viver.
O meu deslocamento para o Rio de Janeiro deu-se de maneira repentina diante de um comunicado oficial da Rio-Tur, ao qual eu tinha prazo de 48 horas para fazer credenciamento pessoal e intransferível.
Reconheço que por ser uma figura pública deveria ter comunicado o fato aos meus superiores, não avaliando adequadamente as conseqüências políticas que poderiam advir com a divulgação de um gesto individual sem nenhuma correlação com qualquer tipo de ato ilícito em meu trabalho.
Diante disso, peço humildes desculpas a toda sociedade campo-grandense, com a certeza de que saio desse episódio de cabeça erguida e com a grandeza do dever cumprido.
Atenciosamente,
Dácio Corrêa