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Política

22/10/2017 18:05

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Artistas denunciam calote de R$ 200 mil de secretaria em edital de economia criativa

Profissionais dizem que secretaria não tem compromisso com a cultura

Artistas contemplados em seleção para o Projeto Economia Criativa de Mato Grosso do Sul, em 2016, denunciam calote por parte da Secretaria Estadual de Cultura , no valor de R$ 200 mil. O repasse já tem atraso de um ano e os profissionais reclamam que falta compromisso com a cultura no estado.

Conforme Nill Amaral, diretor da Oficina Ofit, o edital foi publicado em agosto de 2016. No dia 1º de dezembro, foi publicada a lista dos aprovados, que desenvolveram projetos para museus, artesanato, música, criação de oficinas, entre outros.

''É um edital diferenciado, de economia criativa. Foi criado justamente para alavancar a economia na nossa região por meio de  incentivo aos artistas. A ideia é fomentar  que por meio dos espetáculos, vão', explica Amaral.

O diretor reclama que até o momento eles só foram chamados para emitir os documentos  para abertura de  contas bancárias para receber o repasse.  

''Depois não fizeram mais nada. Nem cronograma de desenvolvimento'', acrescenta Nill. Conforme a denúncia, os artistas dizem que só recebiam justificativas quando pressionavam para se reunir com o secretário de Cultura. Mesmo assim não houve solução para o problema.

''Eles sempre dizem: 'não, a gente vai ver, a gente tá vendo'. Mas só ficou na promessa'', desabafa.

Segundo Nill, a justificativa da Secretaria Estadual de Cultura é que houve problemas econômicos na pasta e por isso não foi possível fazer o pagamento aos contemplados. Mesmo assim, o artista questiona:

''Se não tem recurso, por que lançou o edital? Se lançou o edital é porque tinha recurso'', refletiu.

Outro ponto destacado pelo grupo selecionado no projeto, é o processo burocrático enfrentado para a elaboração das propostas. Além disso, o atraso no pagamento tem causado prejuízos na elaboração de cronograma para apresentação dos espetáculos.  

Um outro projeto contemplado, é o da Associação de Mães de Amambai. O trabalho é  realizado na Aldeia Limão Verde, e além de promover a cultura indígena, incentiva  o empreendedorismo de mulheres do local, por meio de oficinas, cursos com tapetes e artesanatos indígenas, a fim de que as índias possam comercializar e ter uma renda.  

O projeto está dando certo, segundo uma apoiadora, que preferiu não se identificar, mas enfrenta problemas por falta de recursos.

''Com esse atraso, o trabalho está prejudicado. Precisamos muito desse recurso'', declarou.    

Descaso

Nill Amaral destaca que, merece reflexão o fato de todos os dias os artistas abrirem o Diário Oficial e perceberem distribuição de verbas para apoio a diversos segmentos, menos para o setor cultural.

''Todos os dias sai dinheiro...não dá para acreditar'', constata. Ele diz que a arte não está inserida no plano profissional e o governo tem deixado a cultura com última de suas prioridades e que ''isso obstrui o acesso das pessoas à cultura''.

Entramos em contato com a SECC (Secretaria Estadual de Cultura e Cidadania), mas não tivemos resposta até o momento.

 

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