O ex-prefeito Alcides Bernal pode até ter perdido a prefeitura, mas prêmio de consolação ou não, está ganhando de seus “inimigos” políticos judicialmente. O professor Sidney Melo foi condenado pela Justiça pelo crime de calúnia contra Bernal. Além dele, também foi condenado Flavio Panissa, da Coopertaxi. A decisão é do juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian da 53ª zona eleitoral.
Ambos foram condenados em dois anos e quatro meses de detenção multa de 46 “dias” com base no salário mínimo da época, no entanto, o regime de pena é aberto. Os condenados podem trocar por pena restritiva de direitos. Ou seja, o Juíz ainda deu a opção de pena alternativa sendo pagamento de R$ 5,622 (seis salários mínimos).
Os acusados também podem trabalhar um dia por semana durante seis horas, pelo tempo da condenação, ou seja, nos dois anos e quatro meses de detenção, em uma entidade beneficente ou pública que ainda não foi definida.
A condenação aconteceu no dia 19 deste mês, e nesta quarta-feira (24) ele ainda viu o ex-prefeito e desafeto político Gilmar Olarte ser condenado a oito anos de prisão em regime fechado, ele agora “comemora” mais uma condenação do que ele chama de seus “algozes”.
Caso veio a tona em 2012 com campanha eleitoral
Durante a campanha para a prefeitura da Capital em 2012, Sidney Melo (PSOL) cedeu lugar a Flavio Panissa para que ele acusasse Bernal de estelionato, agiotagem, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
Em 2016 a Juíza de Direito, da 10ª Vara Civil, de Campo Grande, Sueli Garcia Saldanha determinou que a Coopertáxi (Cooperativa dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Táxi de Campo Grande) devolva ao atual prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, do PP, o valor de R$ 106,3 mil referente a um cheque que o prefeito teria emprestado à Cooperativa em 2009. Durante as eleições municipais de 2012, o caso foi exposto pelo candidato a prefeito Sidney Melo, do PSOl, que denunciou Bernal por lavagem de dinheiro.