O presidente estadual do Partido Progressista, Alcides Bernal, voltou atrás e pode não disputar mais o governo do Estado. Após um período de reflexão, ele prefere apostar mais baixo e deve mirar o cargo de deputado federal. A promessa de fazer oposição a Reinaldo Azambuja (PSDB) ocorreu logo após a derrotada nas urnas, quando tentou se reeleger a prefeito de Campo Grande.
Agora, Bernal destaca que ainda é cedo para falar em estratégias para a campanha eleitoral, porém, confirma que já andou organizando grupos com nomes de possíveis 'pré-candidatos'. "Estou organizando um grupo de candidatos do PP. Estamos falando com outros partidos. Ainda é muito cedo para definir qual cargo disputar, mas talvez eu saia a deputado federal, decidiremos na época das convenções".
Questionado sobre contato com outras siglas partidárias, o ex-prefeito da Capital afirma que abriu diálogo com todos que desejam 'fazer o melhor pelo Estado'. "Já estamos mantendo uma agenda normal de contatos políticos, ouvindo as lideranças, estamos abertos ao diálogo com todos os que desejam o melhor para o Mato Grosso do Sul".
Sobre a possibilidade de se aliar ao partido do atual prefeito da Capital, Marquinhos Trad, do PSD, levando em consideração que o pepista caminhou com Trad no segundo turno das eleições, Bernal diz que após o projeto mudou após a campanha e o atual gestor cortou diálogo e só faz ataques ao PP.
"Ele teve nosso apoio por vários compromissos assumidos, disse que era diferente, independente, não nomearia pessoas envolvidas em escândalos, manteria os programas e projetos que estavam sendo implementados, faria o recapeamento das ruas. Mas ele só nos ataca e nem tem diálogo com o PP. Mas torço muito por Campo Grande", afirma Alcides.
O pepista garante que deixou a prefeitura com condições para solucionar os problemas apontados pela população, mas destaca que tem ouvido muitas reclamações sobre a nova gestão. " Eu entreguei a ele tudo em ordem e em condições de resolver todos os problemas da cidade, conforme ele prometeu em campanha. Acredito que tem a oportunidade e condições administrar resolvendo os problemas, pois deixei as condições para isso. Pegamos a prefeitura em total caos, das mãos do Gilmar Olarte (prefeito cassado). Em um ano, restabelecemos a ordem adicionar administrativa, financeira e moral, recuperamos convênios e fizemos programas e projetos funcionaram na saúde, educação, infraestrutura. Mas lamentavelmente tenho visto ele desmontar programas e projetos na saúde e outras áreas causando problemas para a população que com razão reclama muito".
