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Política

'Brasília vive momento de instabilidade', diz Elizeu sobre possível denúncia contra Temer

Rodrigo Janot deve encaminhar denúncia à Câmara Federal até amanhã contra o presidente

26 junho 2017 - 13h06Por Rodson Willyams

'Clima de instabilidade'. Essa foi a declaração do deputado federal, Elizeu Dionizio, do PSDB,  concedeu durante entrevista ao TopMídiaNews na manhã desta segunda-feira (26), referindo-se ao clima na Câmara Federal, em Brasília (DF). Nesta terça-feira (27), o procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot deve decidir se encaminha ou não, denúncia à Câmara dos Deputados contra o preside da República, Michel Temer.

Durante agenda na Câmara Municipal, em Campo Grande, o parlamentar disse que as denúncias envolvendo o presidente Michel Temer, provocou um clima de instabilidade que afeta não apenas a relação com a Câmara Federal, mas toda a economia do país.

"É um clima de instabilidade. Toda vez que o governo é colocado em xeque, isso afeta não só a relação entre o Congresso e o Executivo. Mas necessariamente, quando se trata do chefe do Executivo nacional, do presidente da República, afeta na economia e nas discussões transversais da sociedade. Nós estamos vivendo momento de instabilidade, mas também de maturidade da Sociedade Brasileira deste exercício que está sendo feito. Mas nós precisamos sair desse engodo", declarou.

Elizeu ainda afirmou é 'difícil' comentar sobre as investigações da Lava Jato. "É difícil falar sobre isso. Toda semana tem uma manchete nova.  E se manter da forma que está, o caminho da resolução está fácil de resolver. O Brasil parou de cair, a economia e o emprego dão sinais de recuperação. Mas a gente não sabe o que tem ainda de desdobramento, inclusive de outras investigações em curso. Mas a Lava Jato tem servir a todas às classes como uma reflexão", comentou.

Denúncia contra Michel Temer

Rodrigo Janot tem até amanhã, último dia, para encaminhar à Câmara Federal, denúncia  contra o presidente Michel Temer. Caso o procurador decida denunciar o presidente da República, ele precisará do aval dos deputados.

No entanto, assim que a acusação for encaminhada, ela segue primeiro para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal antes de seguir para votação no plenário. Para impedir que a acusação prossiga, o governo terá que ter no mínimo 172 votos, dos 513 deputados feriais, para negar a autorização.

Caso seja aprovada por 2/3 da Casa, a denúncia retorna ao Supremo, e se ele aceitar, o presidente é obrigado a se afastar do cargo pelo prazo de 180 dias. Por isso, o clima de instabilidade no Congresso Nacional.

Temer passou a ser investigado por crimes de corrupção passiva após delações da JBS. A defesa do presidente nega todas as acusações.