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Política

23/05/2018 07:00

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Concessionária que administra rodovias em MS é suspeita de pagar caixa 2 para Alckmin

Empresa teria pagado R$ 23 milhões para três políticos do PSDB de São Paulo entre 2009 e 2012

A concessionária CCR, que administra rodovias em todo o país, é suspeito de repassar R$ 5 milhões em caixa 2 para a campanha do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em 2010. A denúncia foi realizada por representantes da empresa ao Ministério Público paulista.

O dinheiro teria sido repassado ao cunhado de Alckmin, o empresário Adhemar Ribeiro. Ele já foi acusado, conforme o jornal Folha de S. Paulo, de receber mais de R$ 10 milhões em nome do ex-governador nas campanhas de 2010 e 2014. As informações são de executivos da Odebrecht.

Reportagem do jornal Poder360 explica que a CCR não pode fazer doações eleitorais por se tratar de uma concessionária de serviços públicos. No entanto, relatos reunidos pelo promotor José Carlos Blat mostram que o grupo doou pelo menos R$ 23 milhões para três políticos do PSDB de São Paulo entre 2009 e 2012.

Além de Alckmim, são citados o senador licenciado Aloysio Nunes, atual ministro das Relações Exteriores, e o senador José Serra. Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, teria sido o responsável pela arrecadação para Aloysio, já Serra teria recebido o valor com o intermédio do empresário Márcio Fontes.

Entre as empresas societárias da CCR estão a Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa, ambas investigadas na operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Em Mato Grosso do Sul, a empresa administra e realiza obras de duplicação na BR-163 com o nome CCR MSVias, cobrando, inclusive, pedágios em diversos pontos do Estado.

O que dizem os investigados

Em nota, Alckmin diz que a sua defesa “não tem conhecimento de qualquer denúncia relativa ao fato descrito pelo pedido da reportagem. De qualquer maneira, o fato nunca existiu. É falso.”.

Ele destaca que “estranha-se o fato de essa investigação (caso realmente exista) estar sendo conduzida pelo Ministério Público Estadual e não pelo Ministério Público Eleitoral”, mas que “continua disposto a prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades competentes“.

Ao jornal, Aloysio Nunes desmentiu a denúncia: “isso é pura e simplesmente uma mentira“. José Serra e Paulo Vieira de Souza não quiseram se pronunciar. A defesa de Adhemar Ribeiro não foi localizada.

Em nota enviada ao Poder360, a CCR informa que criou um comitê independente para apurar as informações. Eis a íntegra da manifestação:

“A CCR informa que, alinhado ao seu compromisso com a ética e transparência, conforme Fatos Relevantes divulgados em 28 de fevereiro (íntegra) e 12 de março de 2018, (íntegra) criou um Comitê Independente de alto nível para apurar as informações divulgadas pela imprensa em reportagem veiculada no dia 20 de fevereiro de 2018.

Conforme divulgado, o Comitê é assessorado por escritórios de advocacia nacional e internacional, além de empresa especializada em investigação. A CCR está à inteira disposição para contribuir com o pleno esclarecimento dos fatos.

Uma das maiores companhias do setor de infraestrutura da América Latina, a CCR continua a trabalhar em seu plano de crescimento qualificado tendo como premissas a disciplina de capital, ética e transparência.”

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