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Política

Convenção que definiria Puccinelli como presidente do PMDB é adiada para dezembro

Evento estava marcado para o próximo sábado (18), mas prisão de ex-governador abalou partido

16 novembro 2017 - 14h52Por Amanda Amaral

No dia após a soltura de André Puccinelli, preso por suspeita de esquema com dinheiro público, a cúpula de deputados do PMDB decidiu adiar a convenção que poderia o definir como o presidente da sigla, deste sábado (18), para o dia 2 de dezembro. O evento acontece no diretório regional do partido, em Campo Grande.

Quem anuncia a data é o deputado federal Carlos Marun (PMDB), que esteve, junto aos deputados estaduais da sigla na casa do ex-governador de Mato Grosso do Sul, pela manhã. “Essa prisão indevida teve consequências políticas e é um abalo para ao candidato que lidera as pesquisas para concorrer novamente ao Governo. Reunimo-nos com ele, que nos deu liberdade para decidir no diretório, e deliberamos então que a convenção não seja realizada sob essa emoção”, disse.

O deputado estadual e presidente da Assembleia Legistativa Junior Mochi explicou que antes conversou por telefone com Puccinelli, que disse que não queria constranger os integrantes do diretório estadual com a sua presença no local neste momento delicado. “Ele não quer, na visão dele, criar nenhum constrangimento aos membros da executiva estadual. André é sensato nestas questões ligadas à sua eleição. É uma decisão que cabe a ele e não a mim”, disse Junior Mochi.

Na reunião, foi ponderado que era necessária a presença de todos os integrantes do diretório para poder tomar uma decisão sobre o adiamento ou não da Convenção. Foi marcada a reunião nesta quinta-feira para garantir a presença do deputado federal Carlos Marun e dos senadores Waldemir Moka e Simone Tebet. Os três vão compor a diretória estadual da sigla, junto com Puccinelli.

Lama Asfáltica

A Polícia Federal cumpriu mandado de prisão preventiva contra André Puccinelli nesta terça-feira, 14 de novembro, durante a Operação Papiros de Lama, quinta fase da Operação Lama Asfáltica. O ex-governador e seu filho André Puccinelli Junior foram transferidos durante a noite para o Centro de Triagem no complexo penitenciário no Jardim Noroeste.

Puccinelli foi preso suspeito de chefiar um esquema de corrupção especializado em desvio de dinheiro público, pagamento de propinas e lavagem de dinheiro. Segundo a delação premiada de Ivanildo, ele teria recebido propinas de diversos frigoríficos em troca de isenções fiscais concedidas durante a sua gestão.

O ex-governador foi preso juntamente com o filho, o advogado e professor universitário André Puccinelli Junior. O advogado é acusado de lavar dinheiro através do Instituto Ícone e com a venda de livros jurídicos, que foram adquiridos pela Águas Guariroba e outras empresas que mantém contratos com o poder público.