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Política

04/08/2017 11:00

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CPI do Táxi: donos de alvarás alegam que 'não lembram' faturamento de carros em Campo Grande

Cinco pessoas foram ouvidas na volta da investigação na Câmara

Apesar da tentativa de barrar na justiça a CPI do Táxi, a Câmara Municipal realizou mais uma oitiva da investigação. Nesta sexta-feira (4) foram retomados os trabalhos e ouvidas cinco pessoas. Entre elas Maria de Lourdes Dantas Ferreira, que seria detentora de vários alvarás, Oracídio de Araújo e Maria Helena de Araújo, com 15 e seis alvarás respectivamente.

Também foi ouvido Benevides Juliace Ponce e Gleicikermen Bogarin Godoy Ponce, que seriam detentores de concessões. A explicação para o número de alvarás é que as pessoas "vendiam o telefone" e, entre os depoimentos, a falta de memória foi usada para não falar de valores.

Oracídio foi ouvido inicialmente e confirmou aos vereadores que trabalha no ramo há 36 anos e possui 15 alvarás. Durante os questionamentos feitos pelos parlamentares, ele falou que, como já tinha 50 anos, ficava difícil lembrar detalhes de “como teria adquirido os alvarás”.

“As pessoas acabavam me procurando na empresa, que iniciou com três alvarás, e queriam fazer a transferência, seja por querer parar ou mudar de cidade e eu comprava o carro, o rádio e o telefone”, explicou.

Indagado sobre o critério financeiro para determinar o valor de um ponto, o empresário explicou que era relacionado a questão de telefone. Araújo, no entanto, não revelou valores comerciais e financeiros sobre as transações. “Mas coloco o meu contador à disposição se quiserem detalhar”, garantiu.

Já Maria de Lourdes afirmou que só tem um alvará em seu nome e que, hoje, ela não dirige mais e tem dois auxiliares contratados. Os depoimentos seguiram parecidos com explicações sobre a detenção de várias concessões.

O presidente da CPI do Táxi, vereador Vinicius Siqueira (DEM), afirmou que as oitivas estão quase no final já que os números de permissionários estão esgotando. “Agora vamos ouvir a Agetran, o sindicato dos Mototaxistas, o Sintáxi para terminar o levantamento das investigações”, garantiu Siqueira sobre a volta dos trabalhos.

A CPI do Táxi tinha sido suspensa durante o recesso legislativo de 15 dias. As empresas de Táxis e o Sindicato dos Taxistas entraram na Justiça para barrar a investigação, porém não conseguiram. O advogado André Luis Borges Neto, que representa a clase dos taxistas, também participou das oitivas. 

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