Presidente do PDT em Mato Grosso do Sul, o deputado federal reeleito Dagoberto Nogueira disse, nesta segunda-feira (21), que o candidato ao governo por seu partido, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, “não tem habilidade com o microfone”, motivo pelo qual “não venceu as eleições no primeiro turno”.
Odilon disputa o governo de MS com Reinaldo Azambuja, do PSDB, que busca a reeleição.
Pelo dito por Dagoberto, entrevistado nesta segunda por Arthur Mário, apresentador do programa Jornal da Hora, da FM 92,3, agora, o desfecho da eleição – domingo, 28 – “só Deus sabe no que vai dar”.
O deputado reeleito afirmou ainda, na entrevista, que governos com mais apoios de prefeitos, geralmente, levam a melhor numa disputa eleitoral. Hoje, o adversário de Odilon, Reinaldo Azambuja, firma pacto político com ao menos 60 prefeitos do interior do Estado.
O parlamentar disse também que Odilon poderia ter aproveitado das situações adversas enfrentadas pelos adversários. Ele citou o ex-governador André Puccinelli, que não disputou a eleição por ter sido preso e ainda a operação da Polícia Federal que envolvera a família do atual governador.
“[Odilon] poderia ter um pouco mais habilidade, não tem palavras de efeito, é muito educado, ponderado e acabou não aproveitando”, contou Dagoberto Nogueira.
Senado
Dagoberto revelou na entrevista a Arthur Mário que, inicialmente, o juiz Odilon seria candidato ao Senado pelo PDT. Contudo, a legenda mudou de ideia a partir de um estudo preparado por Paulo de Tarso, renomado publicitário, principalmente no meio político desde a década de 1980.
Depois de fechar a pesquisa, Tarso, segundo Dagoberto, comentou à direção estadual do PDT sobre a viabilidade política de o juiz ser escolhido como candidato ao governo, não ao Senado.
“Ele [juiz] teve uma passagem [reconhecimento na magistratura federal] honrosa internacional e ainda pela coragem que teve [prisões de traficantes]”, falou Dagoberto, que se convenceu da necessidade de o PDT lançar o juiz como candidato ao governo de MS.