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Política

Nova delação da JBS aponta propina de R$ 150 mil a deputado tucano de MS

Geraldo Resende está listado entre políticos que teriam recebido dinheiro ilegal, conforme relatório entregue à PGR

04 setembro 2017 - 17h00Por Amanda Amaral, com G1

O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) figura entre os nomes de políticos que, conforme delatores da JBS relataram à Operação Lava Jato, receberam pagamento ilegal da empresa. Conforme a lista, divulgada pela TV Globo, Resende ‘com certeza’ teria recebido R$ 150 mil.

Em maio, o deputado já aparecia na lista de candidatos beneficiados com doações de campanha da JBS, mas se defendeu dizendo que que nunca teve contato com os diretores do grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. Em nota, ele destaca que os repasses de R$ 450 mil em 2014 foram legais e registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A reportagem do TopMídiaNews tentou entrar em contato com Geraldo Resende para que ele pudesse comentar sobre o caso, contudo, até a publicação da matéria, não houve retorno às ligações. 

Conforme noticiou o G1, sem saber se o ministro Edson Fachin daria mais 60 dias para apresentação de provas, os advogados da JBS entregaram quinta-feira (30) à Procuradoria Geral da República (PGR) novos levantamentos, relatórios e gravações de conversas com políticos, que serão anexados ao acordo de delação.

Essas informações complementares vão embasar as investigações que estão em andamento e podem provocar a abertura de outras apurações porque, em alguns casos, surgiram novos personagens.

Os documentos estão em sigilo. Nos novos documentos, a JBS também detalhou parte do pagamento de R$ 30 milhões feitos a políticos que apoiaram a candidatura do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara.

Joesley concordou e Ricardo Saud disse que fez contato com mais de 200 deputados entre novembro de 2014 e janeiro de 2015. Eduardo Cunha foi eleito no mês seguinte, fevereiro de 2015.

Como o ministro Edson Fachin acabou dando mais 60 dias de prazo, a JBS planeja manter os levantamentos que já estavam em andamento - reunir ainda mais provas ao longo dos próximos meses - e entregar mais material em novembro.