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NOTA PREMIADA
Política

Deputada de MS enfrenta até próprio partido para defender Michel Temer do impeachment

Tereza Cristina, porém, votou pela cassação de Dilma Rousseff por pedaladas fiscais

29 junho 2017 - 07h00Por Airton Raes

A deputada federal Tereza Cristina (PSB/MS), líder da sigla na Câmara de Deputados, mais uma vez contraria decisão da Executiva Nacional do próprio partido. Dessa vez o enfrentamento tem como objetivo blindar ainda mais o presidente da República Michel Temer, denunciado por diversos crimes, entre eles corrupção passiva e associação criminosa.

A parlamentar declarou que não irá trocar os dois integrantes da Comissão de Constituição e Justiça que declararam votos pela rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer. “Enfatizamos que a prerrogativa de indicar membros de comissões na bancada socialista é do líder do PSB na Câmara. Reitero que não substitui ninguém da CCJ e não o farei”, disse a parlamentar em nota.

A deputada de MS, porém, foi uma das mais enfáticas na hora de votar pela cassação de Dilma Rousseff (PT), pelas famosas pedaladas fiscais. Leia mais aqui.

Tereza Cristina foi destituída da presidência do Diretório Estadual do PSB após contrariar decisão do partido para que votassem contra o projeto de lei da reforma trabalhista. Na ocasião, a parlamentar liberou a bancada para que cada deputado votasse livremente. Ela também foi destituída da liderança da bancada, mas os deputados do PSB rejeitaram a determinação e mantiveram Tereza Cristina como líder.

A direção nacional do PSB identificou os deputados Danilo Forte (CE) e Fabio Garcia (MT) com posição contrária à aceitação da denúncia e decidiu substituí-los. O presidente da legenda, Carlos Siqueira, admitiu recomendar à líder que substituísse os dois parlamentares por outros favoráveis à abertura de processo contra o presidente da República. “Informo que os deputados federais Danilo Forte (PSB- CE) e Fabio Garcia (PSB – MT) permanecem como titulares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados. Assim informo que tal notícia não tem procedência e quem a informou não tem legitimidade para fazê-lo”, divulgou a parlamentar em nota oficial.