Após encarar tumulto no Aeroporto Internacional de Campo Grande ao ficar cara a cara com manifestantes que tentam pressionar os deputados federais de Mato Grosso do Sul a votar contra a Reforma da Previdência, o deputado federal Elizeu Dionísio (PSDB) afirmou ao TopMídiaNews que foi agredido no local e registrou um Boletim de Ocorrência contra os manifestantes, mesmo embarcando para Brasília.
Dionísio afirma que sua equipe jurídica registrou o ocorrido em Campo Grande, através de procuração e já solicitou imagens das agressões à Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), com objetivo de responsabilizar os sindicalistas que deram início as agressões.
"Eu desci do carro, cumprimentei o presidente da ACP, Lucílio que estava no local e quando comecei a conversar com ele, outros cidadãos começaram a me abordar, com xingamentos. Eu fui questionado sobre a posição na Reforma, disse que sou contra o texto do governo, eu sempre me posicionei contra o texto do governo, não tomei essa decisão agora, mas preciso ver qual texto vem", explica o parlamentar.
O parlamentar afirma, que ao tentar caminhar com destino a sala de embarque, levou chutes. "Me chutaram enquanto eu andava. No vídeo fica claro isso, eu até viro para ver quem fez isso e um policial que estava do meu lado também virou e viu o que aconteceu. Ali não tem trabalhador protestando, ali tem sindicalistas da CUT e outros que roubaram o Brasil".
Revoltado com o ocorrido, Elizeu afirma que não identificou a presença de trabalhadores no local, apenas de 'bandidos' e destaca que já vinha dialogando com as categorias sobre o assunto. "Ali não tem trabalhadores, tem bandidos travestidos de sindicalistas. Eu já me reúne com diversos sindicatos, estou ouvindo as pessoas, já me reuni com grande parte".
Questionado sobre continuar dialogando com a categoria, o deputado afirma que foi orientado a manter distância dos membros da CUT e MST. "Eu fui orientado pela minha equipe jurídica a ficar distante desses dois sindicatos até a finalização do inquérito, porque queremos representar criminalmente contra os agressores".
O deputado afirma ainda, que a revolta dos sindicalistas não ocorre por conta da postura do tucano sobre a Reforma da Previdência e sim, devido ao projeto de Dionísio, sobre o imposto sindical que retira a obrigatoriedade do pagamento. "A revolta dele é pelo projeto de minha autoria, que faz com que o imposto sindical passe a ser optativo e não obrigatório, que faz com que eles parem de mamar na teta".
Veja o vídeo da chegada do deputado federal ao Aeroporto de Campo Grande:
