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Política

Em MS: relator do Código Florestal cita avanços, mas vê necessidade de flexibilização

Ex-deputado diz que Brasil não pode perder sua hegemonia na produção agropecuária

05 junho 2017 - 18h21Por Thiago de Souza

O relator do Código Florestal Brasileiro, aprovado em 2011 após muita polêmica, o ex-deputado federal pelo PC do B, Aldo Rebelo, esteve em Campo Grande, na tarde desta segunda-feira (5). Ele citou os avanços do novo pacto, mas acredita que é possível flexibilizar para que o Brasil não perca sua liderança na produção agrícola mundial.

Rebelo foi convidado pelo Governo do Estado para fazer palestra em alusão a Semana do Meio Ambiente. A aprovação do código, segundo ele, trouxe segurança e proteção jurídica para produtores rurais e para o maio ambiente.

''Além disso, deu ao Brasil um status importante na Conferência de Paris como o país que mais protege o meio ambiente'', destacou Rebelo.
Outro fator importante, segundo o ex-deputado, foi que o novo conjunto de regras faz com que não só o estado proteja o meio ambiente, mas sim que o produtor rural também o proteja.

''Os cinco anos comprovam que os objetivos foram alcançados, e mais de 90% das propriedades rurais cadastradas de acordo com as novas regras'', acrescentou.

Um grande diferencial do Código Florestal Brasileiro, segundo o ex-deputado é o fato da lei prever reservas ambientais dentro das propriedades, ao contrário da maioria dos países do mundo, onde toda a propriedade é utilizada para produção e não dá proteção mínima aos leitos de rios e córregos. Complementou dizendo que hoje o estado do Amazonas tem 1.500.000 quilômetros quadrados de área, sendo que 99% desse território está preservado.

No aspecto econômico, o comunista citou os números do IBGE que mostram a agropecuária como carro-chefe na balança comercial brasileira, sendo responsável por manter a economia brasileira de pé.

Mudanças

Entretanto, Rebelo apontou que o Código Florestal precisa de avanços. Ele diz que o que foi pactuado à época ''legaliza para trás e imobiliza para frente'', ou seja, ainda há entraves para exploração de novas fronteiras agrícolas  brasileiras que são muito promissoras.

O exemplo dado por ele é o do continente africano, que abriu 400 milhões de hectares das savanas africanas - equivalente ao cerrado brasileiro - para a agricultura e pecuária.

''É preciso que se reavalie como o Brasil vai assumir ou permanecer com esse compromisso. É preciso que o governo ou o Congresso avalie essa situação'', refletiu.

Evento

A palestra é gratuita e acontece a partir das 19h no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo.