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sexta, 29 de março de 2024 Campo Grande/MS
NOTA PREMIADA
Política

Embora definida, deputados debatem chapa da presidência da Assembleia na 4ª feira

Zé Teixeira, preso ano passado pela PF, deve ser reeleito como 1º secretário da Mesa Diretora

27 janeiro 2019 - 20h00Por Celso Bejarano

O deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), tido até agora como candidato único à presidência da Assembleia Legislativa, disse na manhã deste domingo (27), que na quarta-feira (30), dois dias antes da escolha da Mesa Diretora da Casa, o chamado G-10 (grupo de dez parlamentares) define de vez a composição do comando do legislativo estadual para os próximos dois anos. 

O comando do legislativo é integrado por sete dos 24 deputados. Zé Teixeira, do DEM, deve ser mantido na primeira secretaria da AL-MS, principal cargo da Mesa Diretora, depois da presidência. O MDB e o PT devem conquistar espaços importantes na direção da Assembleia, disse Corrêa.

PRESO

Teixeira ficou preso por cinco dias, em setembro do ano passado. Para a PF, o democrata foi investigado no âmbito da operação Vostok, deflagrada com o objetivo de combater um esquema de pagamento de propina para políticos de MS. Zé Teixeira nega ter participado da eventual trama. Ele foi detido num hotel situado no centro de Campo Grande. De lá, foi levado para a superintendência da PF.

A eleição acontece na primeira sessão do ano, 1º de fevereiro, sexta-feira que vem.

Policial Federal conduz Zé Teixeira até viatura da PF, em setembro do ano passado

VOTO ABERTO

E, pelo regimento interno da AL-MS “a eleição dos membros da Mesa Diretora será feita por votação nominal e aberta, considerando-se eleita a chapa ou o candidato individual ou avulso que obtiver a maioria absoluta dos votos, e que cumprirá mandato de 02 (dois) anos, permitida a reeleição”.

O atual presidente da AL-MS, o deputado estadual Júnior Mochi (MDB) chefia o legislativo desde 2015.

Ele ficou sem mandato por ter disputado e perdido a disputa para o governador.

Paulo Corrêa, o provável presidente – ele foi escolhido pelo PSDB , opção abonada pelo governador Reinaldo Azambuja, também tucano – disse na manhã deste sábado (27) que se tornará o primeiro-secretário da Casa o parlamentar que obtiver apoio maior dos parlamentares.

“Ele [Zé Teixeira] tem 15 apoios, número suficiente para a recondução ao cargo que ocupa”, disse Corrêa, que assume neste ano o sétimo mandato de deputado estadual.

Semana passada, Renan Contar, deputado eleito pelo PSL, disse estar interessado na disputa pela primeira-secretaria, mesmo sabendo que o G-10 já havia acertado com o nome de Zé Teixeira.

Para Corrêa, o número de apoios é a condição que garante o direito a ocupar a primeira secretaria. Ou seja, Contar, o melhor desempenho nas urnas em outubro passado, com 77 mil votos, teria de convencer os parlamentares a indicar seu nome, não o de Zé Teixeira.