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Política

15/01/2018 15:07

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Enquete mostra que 94% dos leitores não confiam em pesquisas eleitorais

Eleitores dizem não se basear nas divulgações de intenção de voto para escolher candidato em 2018

Em ano de eleição, a desconfiança em institutos de pesquisa sobre popularidade de candidatos predomina. Em enquete proposta pelo TopMídiaNews, 94% dos participantes disseram não acreditar nos números dessas especulações de voto, contra apenas 6% que dizem confiar.

Há alguns pleitos a população se demonstra desacreditada nessa forma de ‘prever’ o resultado nas urnas, que já chegou a apontar, por exemplo, vitória do então candidato Aécio Neves (PSDB) sobre Dilma Roussesf (PT), em 2014, para a presidência. Em 2018, a batalha já aparece entre Lula (PT), em 1º lugar, e Jair Bolsonaro (PSL) em seguida.  

Em Mato Grosso do Sul, como os nomes de políticos ainda estão menos definidos para concorrer aos cargos, os levantamentos aparecem timidamente. Conforme os meses que antecedem o outubro da votação, mais pesquisas são divulgadas.

Num cenário de instabilidade de opinião e descrença política, alguns especialistas afirmam que esse tipo de pesquisa acaba por influenciar não só os partidos, mas aqueles eleitores que não querem ‘perder o voto’, acarretando em um fenômeno de comportamento de manada. Ou seja, acabam por escolher os melhores colocados no panorama geral.

De que forma são feitas

Como é inviável ouvir todos os eleitores aptos para fazer o ranking de candidatos, que neste ano considera os presidenciáveis e possíveis governadores e vices, senadores e deputados estaduais e federais, apenas uma parcela pequena é consultada. Geralmente, esse número varia entre duas a três mil pessoas, mas é feita conforme a proporcionalidade de cada município, estado ou do país. 

Essa amostra deve representar uma diversidade do eleitorado, com critérios como sexo, idade, região de residência e classe socioeconômica, como explicam os termos dos institutos Datafolha e Ibope, os principais do país nestes levantamentos. Com a fidelidade de 95%, as pesquisas costumam embutir margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Todas as pesquisas eleitorais devem ser registradas junto à Justiça Eleitoral. No registro, deve ser informado quem é o contratante, quanto foi pago por ela, a metodologia utilizada, o questionário aplicado, critérios de controle de qualidade, margem de erro amostral, entre outras informações. O registro deve ocorrer em até cinco dias antes da divulgação da pesquisa, como explica a página Politize!.

Apesar da aparente descrença da confiabilidade, esses rankings não costumam ser subestimados nas estratégias de campanha. Contudo, até mesmo os próprios meios de pesquisa alertam que se trata apenas de um retrato em certo momento da opinião dos votantes, e não representam os resultados de uma eleição. 

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