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Política

19/10/2017 07:55

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Funcionários da JBS voltam a pressionar deputados e lutam para manter emprego

A categoria afirma que devido ao fechamento de sete unidades do grupo, milhares de trabalhadores estão desempregados

O presidente da Federação Estadual dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do MS, Vilson Gregório afirmou ao TopMídiaNews que os trabalhadores da JBS decidiram voltar ao plenário da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) nesta quinta-feira (19) para exigir uma atitude imediata dos parlamentares que compõe a CPI da JBS, já que agora estão desempregados.

De acordo com Vilson, a justiça determinou um novo bloqueio de R$ 730 milhões e a emprsa anunciou o fechamento de sete unidades no Estado, deixando milhares de trabalhadores sem emprego. “Saímos da reunião com a CPI e tinha sido acordado que pediriam o desbloqueio do dinheiro, mas no mesmo dia houve um novo bloqueio e quem é afetado é o trabalhador. Agora tem muita gente sem emprego por conta do fechamento das sete unidades de boi, temos garantido o salário, mas e depois, tudo está incerto”.

Questionado sobre as afirmações do presidente da CPI da JBS, deputado estadual Paulo Corrêa (PR), de que os funcionários estariam sendo utilizados como massa de manobra, Vilson afirma que não existe isso e que a classe luta para continuar trabalhando e está sendo alvo de uma guerra política. “Não somos massa de manobra da empresa, somos trabalhadores que lutam para ter emprego, para continuar tendo o sustento da família, não podemos fica rno meio de uma guerra política”.

Vilson destaca que os funcionários já comunicaram a empresa que devem realizar um novo protesto na Casa de Leis, solicitando que a JBS envie um patronal para evitar as críticas de Corrêa. “Como o deputado falou que não tinha um patronal já comunicamos a empresa, pedindo que envie alguém para não ter isso. Vamos tentar fazer o uso da palavra, mas acho difícil porque aquele dia que conseguimos, ficou claro que eles se arrependeram de deixar a gente falar”.

Após o protesto na ALMS, os funcionários decidiram percorrer as ruas da Capital como forma de protesto, orientando os motoristas sobre o ocorrido. “Vamos descer da Assembleia para o centro da cidade protestando. Não defendemos erros da empresa, o que estamos defendendo é o nosso emprego, porque agora não sabemos como será”.

Bloqueio de bens

Na última terça-feira, a justiça de Mato Grosso do Sul determinou pela segunda vez o bloqueio de R$ 730 milhões em bens da empresa JBS. O bloqueio foi definido em caráter liminar do juiz Alexandre Antunes da Silva, da 1ª Vara de Direitos, Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, como resultado de ação popular ingressada por dois advogados em julho deste ano.

A decisão é a mesma que foi concedida pela justiça, atendendo o pedido da Assembleia Legislativa, por meio da CPI da JBS. Na ação, os deputados pediram bloqueio de bens da empresa para garantir que o Governo do Estado pudesse obter recursos da JBS de indenização ao grupo devido a diversas irregularidades fiscais.

A ação popular foi ingressada pelos advogados Danny Fabrício Gomes e Soraya Thronicke após o escândalo envolvendo a empresa e o Governo de Mato Grosso do Sul, com a delação de executivos da empresa. Os advogados pediram bloqueio de bens também do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), mas essa solicitação não foi acatada pelo magistrado Alexandre Antunes.

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