A greve-geral contra as reformas trabalhista e previdenciária ganhou a adesão de diversos setores sociais e promete levar mais de 40 mil pessoas ao protesto, na próxima sexta-feira (28), na Praça Ary Coelho em Campo Grande. Serviço essencial como a Polícia Civil também aderiu ao movimento e deve atuar somente em casos de emergência. 

Representantes de sindicatos e centrais sindicais em Mato Grosso do Sul se reuniram na tarde desta terça-feira (25), na sede do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário) de Campo Grande, para acertar últimos detalhes do protesto que é organizado nacionalmente. Eles esperam reunir o dobro de pessoas que compareceram ao último ato, que foi de 20 mil. 

Entre os setores que confirmaram adesão a greve-geral estão os Correios, que já começa a paralisação nessa quarta-feira (26). Áreas como o transporte urbano, interestadual de cargas e combustível, transporte de valores, construção civil, vigilantes, energia, frigorífico e comércio, bancários, escolas , metalúrgicos, servidores estaduais, municipais e federais, também garantiram presença no grito contra as alterações propostas pelo governo federal nas áreas da seguridade social e trabalhista. 

O protesto, que começa às 8 horas não tem hora para acabar, segundo os organizadores. A ideia é que todos os funcionários das empresas se reúnam logo cedo. 

Transporte

Outro serviço de suma importância que aderiu ao protesto é o transporte coletivo urbano de Campo Grande. Conforme divulgado, os ônibus não vão sair das garagens e não há definição de como vai ficar o trabalho ao longo do dia. 

O presidente da Sinergia (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia de Mato Grosso do Sul), Élvio Vargas, disse que, ao contrário do que pensam, a greve-geral não é um movimento partidário nem de esquerda. ''É um movimento de luta pelos direitos e importante porque isso vai atingir o nosso futuro, dos nossos filhos e nossos netos'', esclareceu. 

Polícia 

Dos cerca de três mil policiais civis em Mato Grosso do Sul, somente 300 vão atuar em casos de emergência ou que envolvam violência contra crianças e idosos. Casos corriqueiros não serão atendidos. 

Comércio 

A previsão é de que quase todos os estabelecimentos comerciais da Rua 14 de Julho estejam fechados durante a greve na sexta-feira. 

Audiência

Na tarde do mesmo dia, às 14 horas, está agendada uma audiência pública para discutir as propostas de reforma da previdência e trabalhista, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. A proposição do ato é do deputado Amarildo Cruz.