Após anunciar campanha ao Senado, o procurador de Justiça Sérgio Harfouche (PSC) revelou que esperava ser cabeça de chapa em coligação com o MDB. Segundo ele, havia um acordo com o MDB, que, inclusive, contou com o aval da direção e do senador Waldemir Moka, mas que alguns 'dissidentes' do partido de André Puccinelli estavam reticentes quanto à proposta.

"Ficou claro que havia, desde a convenção do MDB, uma disposição para que o PSC assumisse a cabeça de chapa, uma vez que a Simone [Tebet] foi pressionada a dar o seu nome ao governo. Nós aceitamos ser vice, com a possibilidade de assumir de início e ser indicado para o governo", comentou.

Harfouche ainda afirmou que a decisão já tinha sido acordada com a: "diretoria regional [do MDB] com a presença do Moka que estava de acordo assim como a diretoria regional. O que faltava era um segmento dentro do MDB", explicou.

No entanto: "demos o prazo de 24 horas e tolerância até às 12 horas de hoje [ontem] e, como não houve retorno, resposta, e marcaram reunião para às 15 horas, entendemos que houve a ruptura da falta de cumprimento. Acho que foi de um segmento do MDB. Por isso, a agenda do PSC não estava subordinada a do MDB e entendemos que a coligação não iria prosperar".

O procurador reforça agora que o eleitor em Mato Grosso do Sul poderá votar em pessoas com 'ficha limpa': "o eleitor vai poder votar em pessoas com chapa limpa e que não tem antecedentes criminais".  E continuou: "toda essa turbulência dentro do MDB não nos diz respeito", finaliza.

Desistência

A senadora Simone Tebet (MDB) anunciou, na noite deste domingo (12), a desistência como pré-candidata ao Governo do Estado. A parlamentar alegou motivos pessoais, em razão da família, e indicou para o seu lugar o seu vice, o procurador de Justiça afastado Sérgio Harfouche. No entanto, foi substituída pelo deputado Junior Mochi (MDB).